
- 05/05/2025 - Itapecerica/MG
Nesta segunda-feira (21), as rodovias de Minas Gerais devem ser novamente bloqueadas pelos caminhoneiros autônomos. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCOM) convocou os profissionais para um movimento de paralisação nacional que reinvindica uma resposta do governo federal para os sucessivos aumentos do diesel.
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"Chegamos ao limite! Não dá mais para sustentar tamanho descaso com a sociedade e, principalmente, com o transporte brasileiro", ressaltou o presidente da entidade, José Lopes Fonseca, em carta à categoria. Na manhã deste domingo, 20, os caminhoneiros fecharam a BR-040 pela segunda vez em protesto contra a alta sucessiva dos combustíveis. Na altura do Km 523, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), os veículos de passeio tiveram que usar a pista do acostamento.
Os protestos deste domingo, 20, aconteceram perto de Contagem, na RMBH
Aumentos sucessivos
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre maio de 2017 e este mês que ainda não chegou ao fim, o produto já acumula alta de 20,7%. No período, o litro passou de R$ 3,014 para R$ 3.639 em Minas Gerais. Apenas nas três últimas semanas, o aumento foi de 4,19% nas bombas.
O presidente do Sindicato da União Brasileira de Caminhoneiros, José Natan, disse que as manifestações têm sido espontâneas. A entidade que representa profissionais de 25 Estados e Distrito Federal não está na organização desses eventos. "O motorista está revoltado com a sequência de altas sucessivas do diesel. A quebradeira é geral no setor. Estamos nas últimas viagens", lamentou.
O consultor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Minas Gerais (Setcemg), Luciano Medrado, disse que a entidade reconhece que as reivindicações dos caminhoneiros autônomos é legítima."Eles não têm condições de repassar as altas constantes para o valor do frete", argumentou.
No caso das transportadoras, quando o reajuste do diesel chega a 5%, a entidade emite um informativo de alerta, para que o percentual seja repassado para o preço do serviço. No primeiro trimestre deste ano, o setor registrou recuo de 0,13%, no comparativo com o mesmo período de 2017, devido à redução da atividade industrial. "Transportamos tanto insumosquanto o produto final", alegou.

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