

Foto: Cristiane Mattos[/caption] Segundo o Minaspetro, vários postos já sentem os efeitos da greve, com dificuldades para fazer pedidos juntos às distribuidoras de combustíveis e abastecer os caminhões próprios nas bases. Nesta sexta, a situação afeta, principalmente, o abastecimento dos postos de combustíveis da Região Metropolitana de BH, incluindo cidades que realizam o carregamento nas bases próximas à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim. Transtorno O motorista de aplicativo Pablo Henrique França, de 39 anos, conta que ficou cerca de 45 minutos na fila no fim da tarde desta sexta para conseguir encher o tanque do veículo com etanol em um posto da avenida Tereza Cristina, no bairro Carlos Prates, na região Oeste de BH. Ele mora ao lado de um posto de combustíveis e notou que, após o horário do almoço, as filas ficaram muito grandes. "Tem um boato que vai ter uma greve e vai faltar combustível. Se faltar, eu perco minha fonte de renda", relatou o profissional, que atua nesse mercado há um ano. O pintor Francisco Feitosa de Brito, de 58 anos, esperou 30 minutos para conseguir abastecer. Ele também encheu o tanque de álcool e gastou R$ 149. "Preço tá horrível, tá muito caro, e dizem que vai aumentar de novo na segunda-feira (1º)", afirmou. O profissional contou que precisa do carro para se deslocar de casa, em Betim, na Grande BH, até o trabalho, no Caiçara, na região Noroeste de BH. Estado O governo de Minas voltou a afirmar, em nota, que as recentes mudanças no preço dos combustíveis não são em função do ICMS, e sim da política de preços praticada pela Petrobras. "O Estado reafirma seu compromisso de não promover o aumento de nenhuma alíquota de ICMS até que seja possível começar a trabalhar pela redução efetiva da carga tributária", informou. No momento, ainda conforme o governo, a situação financeira do Estado e a Lei de Responsabilidade Fiscal exigem "uma compensação para aumentar receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota". Em relação à manifestação dos tanqueiros na Cidade Administra nessa quinta-feira, o Estado esclareceu que "esteve disponível para ouvir as demandas dos tanqueiros, mas não houve pedido de reunião por parte dos manifestantes". Sindicato varejista O Minaspetro também afirmou, nesta sexta, que é solidário às demandas do SindTaque, mas entende que "este não é o momento para uma greve, principalmente pelo contexto geral da pandemia de Covid-19 e as dificuldades que a população e todo o setor produtivo enfrentam". O Minaspetro pediu, em nota, que o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), "tenha sensibilidade com a população do Estado e recue na decisão de aumentar o ICMS dos combustíveis a partir de 1º de março, além de revisar imediatamente a tributação estadual sobre os combustíveis".