
Segundo a pasta, "há uma agenda permanente de diálogo com as principais entidades representativas da categoria por meio do Fórum do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), além de reuniões constantes com lideranças da categorias". O ministério disse ainda que o fórum, cuja última edição foi organizada em setembro, seguida por reuniões online em dezembro, "tem sido o principal canal interativo entre governo e o setor e que qualquer associação representativa que deseje contribuir para formular política pública pode requerer a sua participação para discutir eventuais temas de interesse da categoria". Em 2018, uma greve de caminhoneiros, que contou com apoio de empresários do setor de transportes, paralisou o país por 11 dias em maio, gerando impactos na economia que perduraram ao longo de todo aquele ano. O movimento foi encerrado após o governo de Michel Temer ceder à pressão dos motoristas e aceitar criar uma tabela de frete mínimo, que passou a enfrentar oposição do setor produtivo, com a disputa em torno da legalidade da criação da tabela ficando parada no STF desde então. Procurada, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) não comentou o assunto. O governo de Jair Bolsonaro fez ao longo dos últimos meses algumas concessões aos motoristas, entre elas a inclusão da categoria na lista do grupo de prioridades para receber vacinas contra Covid-19. Quando era pré-candidato ao Palácio do Planalto, Bolsonaro apoiou a greve dos caminhoneiros de 2018. Na semana passada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que governo trabalhava na revisão de normas de pesagem de caminhões nas estradas para reduzir custos dos caminhoneiros e lembrou que o governo zerou imposto de importação de pneus. Além da revisão do reajuste na tabela, os caminhoneiros cobram aprovação da constitucionalidade do mecanismo pelo STF e atribuem à atuação de plataformas digitais Frete-Brás, CargoX e TruckPad a "precarização da categoria pelo país", disse a CNTTL."Nenhuma associação isolada pode reivindicar para si falar em nome do transportador rodoviário de cargas autônomo e incorrer neste tipo de conclusão compromete qualquer divulgação fidedigna dos fatos referentes à categoria."
Diz Ministério da Infraestrutura