Há 100 anos, brasileiros votavam para Presidente

Em 1º de março de 1918, os brasileiros foram às urnas eleger a figura que ocuparia o mais alto cargo da República e escolher os mandatários que legislariam no Congresso Nacional. Diferentemente das sete votações diretas para anteriores, as eleições de 1918 transcorreram com tranquilidade, sem relatos de violências nos locais de votação ou adulteração das urnas. No jogo de cartas marcadas da República Velha, a chapa única que concorreu ao pleito levou o paulista Francisco de Paula Rodrigues Alves à sua segunda eleição como Presidente da República e o mineiro Delfim Moreira ao cargo de vice-presidente. A matéria continua após a publicidade De março à julho, quando a contagem dos votos foi encerrada, o Estado publicou em suas edições quadros atualizados com os resultados contabilizados. Na edição de 06 de março, uma nota contava que os “membros da commissão directora do Partido Republicano Paulista”, o partido de Rodrigues Alves, haviam realizado uma visita para cumprimentá-lo pela “eleição de s. ex. À presidencia da Republica, no próximo quatriennio.O Estado de S.Paulo - 04 e 06/3/1918 Antes da posse, Rodrigues Alves adoeceu, sucumbiu à epidemia de gripe espanhola que atingia o Brasil. Seu vice, Delfim Moreira assumiu a Presidência  em seu lugar, em 15 de novembro daquele ano. O estado de saúde do presidente eleito se agrava e Rodrigues Alves falece em 17 de janeiro de 1919, antes de cumprir metade do seu mandato, antes se quer de tomar posse. Como previa a Constituição, novas eleições presidenciais foram convocadas. Em 1919, Epitácio Pessoa, do PRM (Partido Republicano Mineiro), foi eleito Presidente da República.

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