Na manhã desta sexta-feira (25), uma operação conjunta da Polícia Federal, Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado, com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil paulista, resultou na prisão de quatro agentes da Polícia Civil de Santo André, em São Paulo. Os policiais são acusados de extorquir funkeiros e influenciadores digitais da região.
Investigação Detalhada Revela Esquema de Extorsão
A investigação, batizada de "Latus Actio 3", apura a suspeita de que os agentes cobravam propinas das vítimas para evitar que elas fossem investigadas por suposto envolvimento em sorteios de rifas ilegais promovidos em suas redes sociais. Segundo a Polícia Federal, os policiais, lotados no 6º Distrito Policial de Santo André, iniciavam investigações formais contra os influenciadores, alegando apurar a legalidade dos sorteios. No entanto, a verdadeira intenção era extorquir dinheiro das vítimas, utilizando o poder de polícia para obter vantagens indevidas.
Quebra de Sigilo Bancário e Mandados de Busca e Apreensão
Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em diferentes localidades, incluindo as cidades de São Paulo, Mauá e Santo André. Além disso, a Justiça autorizou a quebra do sigilo bancário dos policiais envolvidos, permitindo que os investigadores rastreassem o fluxo de dinheiro e identificassem possíveis contas utilizadas para receber as propinas. Os materiais apreendidos durante as buscas, como documentos, computadores e telefones celulares, serão analisados para fortalecer as provas contra os acusados e identificar outros possíveis envolvidos no esquema.
Sequência de Operações Contra a Corrupção Policial
A "Latus Actio 3" é uma continuação de operações anteriores que visam desmantelar uma rede criminosa infiltrada na Polícia Civil de São Paulo. As investigações anteriores já haviam revelado um esquema de corrupção generalizado, com a participação de diversos agentes em práticas ilegais, como extorsão, recebimento de propina e facilitação de crimes. A operação de hoje demonstra o compromisso das autoridades em combater a corrupção e garantir a integridade da Polícia Civil.
Acusações e Possíveis Penas
Os policiais presos enfrentam acusações de corrupção ativa e passiva, além de envolvimento em organização criminosa. As penas para esses crimes podem ser bastante severas, variando de anos de prisão ao pagamento de multas elevadas. Caso sejam condenados, os agentes também podem perder seus cargos na Polícia Civil e ficar impedidos de exercer funções públicas.
A Polícia Federal e o Gaeco continuam as investigações para identificar outros possíveis envolvidos no esquema e apurar a extensão dos crimes cometidos. A expectativa é que a operação "Latus Actio 3" contribua para fortalecer a confiança da população na Polícia Civil e demonstrar que a corrupção não será tolerada.