Dupla presa por esquema de fraudes financeiras movimentou mais de R$ 20 milhões em Minas Gerais

Em coletiva de imprensa, Polícia Civil de Minas Gerais, apresentou na tarde desta quarta-feira (18) em Divinópolis, região Centro-Oeste do estado, os resultados de uma operação decorrente de investigação sobre um esquema de fraudes financeiras, que resultou na prisão de dois homens, de 34 e 38 anos, acusados de participar de um esquema de fraudes financeiras que movimentou mais de R$ 20 milhões. A ação é desdobramento de investigações iniciadas em agosto de 2024.

Os suspeitos são investigados por estelionato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa. Além das prisões preventivas, a operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Carmo do Cajuru, também na região Centro-Oeste, e Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Apreensões de luxo e dinheiro em espécie

Durante as buscas, os policiais apreenderam R$ 138 mil em dinheiro, cheques, carros de luxo, computadores, diversos documentos e aparelhos celulares. Todo o material apreendido será periciado e analisado pela Delegacia de Polícia Civil em Divinópolis para dar prosseguimento às investigações.

Modus operandi da fraude milionária

De acordo com a delegada Adrienne Lopes, responsável pela coordenação da operação, os criminosos criavam empresas de fachada, utilizando "laranjas" (pessoas interpostas) para abrir contas e obter financiamentos fraudulentos em instituições bancárias. Com o dinheiro obtido ilicitamente, adquiriam máquinas pesadas, como tratores, empilhadeiras, pás-carregadeiras e retroescavadeiras, que posteriormente eram revendidas.

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O esquema foi descoberto após uma negociação fraudulenta que gerou um prejuízo de mais de R$ 7 milhões à vítima. A delegada detalhou o modus operandi: "Eles montavam empresas fictícias em diversos setores, criadas exclusivamente para serem utilizadas nos golpes. Usavam documentos falsificados para obter financiamentos e, com esses recursos, adquiriam mercadorias, que depois revendiam. Por meio dessa prática, movimentaram cerca de R$ 22 milhões".

Rede criminosa com mais de 50 CNPJs fraudulentos

As investigações apontam que a rede criminosa operava com cerca de 23 empresas e mais de 50 CNPJs fraudulentos. A delegada Adrienne Lopes afirmou que as investigações não se limitam aos dois presos, e que a polícia busca identificar outros envolvidos, incluindo os compradores que forneciam documentos falsos para viabilizar as transações fraudulentas: "Estamos apurando a participação de compradores que forneciam documentos falsos para viabilizar essas negociações”.

Prisão e silêncio dos acusados

Os dois homens presos na operação permaneceram em silêncio durante o interrogatório. As investigações continuam com o objetivo de desmantelar completamente a rede criminosa e responsabilizar todos os envolvidos. "Nosso objetivo é desmantelar essas redes criminosas que prejudicam a economia e afetam a sociedade, garantindo que todos os responsáveis sejam punidos", concluiu a delegada.

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Fotos: Polícia Civil/Divulgação

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