Pesquisa da CNT revela grande disparidade na qualidade das rodovias brasileiras

Um estudo recente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), que avaliou 112.000 km de rodovias brasileiras, expôs uma desigualdade significativa na qualidade das estradas entre as regiões do país. A pesquisa apontou uma concentração de trechos em boas condições na região Sudeste, enquanto a região Nordeste enfrenta os maiores desafios em infraestrutura rodoviária.

Sudeste concentra as melhores rodovias, muitas sob gestão privada

O levantamento indicou que São Paulo e Rio de Janeiro, estados com forte presença de concessões rodoviárias à iniciativa privada, lideram o ranking de melhores rodovias. A gestão privada, segundo a pesquisa, tem contribuído para a manutenção e conservação das vias. Destacam-se entre as melhores do país:

  • SP-21: Conectando Arujá a outros municípios da região metropolitana de São Paulo.
  • SP-99 (Rodovia dos Tamoios): Ligando São José dos Campos a Caraguatatuba, no litoral norte paulista.
  • SP-070 (Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto): Importante via de acesso entre Taubaté, no Vale do Paraíba, e Guarulhos, na região metropolitana.

A pesquisa sugere que a administração privada, com seus investimentos em manutenção e modernização, tem sido um fator determinante para a qualidade superior dessas rodovias.

Nordeste sofre com infraestrutura precária e gestão majoritariamente pública

Em contraste com o Sudeste, a região Nordeste apresentou as piores condições em suas rodovias. A pesquisa indica que a predominância da gestão pública na região pode estar relacionada a esse cenário, com rodovias sofrendo com falta de manutenção adequada e apresentando problemas como:

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  • Erosões
  • Quedas de pontes
  • Barreiras

A CNT destacou algumas das rodovias com piores avaliações na região, incluindo:

  • AC-10: Ligando Porto Acre a Rio Branco, no Acre.
  • PE-096: Conectando Palmares a Barreiros, em Pernambuco.

Esses problemas comprometem a segurança dos usuários e impactam diretamente a economia da região, dificultando o transporte de mercadorias e o deslocamento da população.

Melhora gradual na segurança das rodovias

Apesar dos desafios, a pesquisa da CNT apontou uma redução de 7,6% nos pontos críticos das rodovias brasileiras entre 2023 e 2024. Essa queda, ainda que modesta, sugere um esforço na melhoria das condições das estradas em todo o país. A redução nos pontos críticos, que incluem trechos com buracos, erosões e falta de sinalização, contribui para aumentar a segurança nas rodovias e reduzir o número de acidentes.

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A CNT reforça a importância de investimentos contínuos em infraestrutura rodoviária para garantir a segurança dos usuários, impulsionar o desenvolvimento econômico e reduzir as desigualdades regionais no Brasil.

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