Operação Ghost Truck desmantela esquema milionário de fraudes envolvendo transferência de veículos em Minas Gerais

Uma importante operação denominada Ghost Truck foi realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) com o objetivo de desbaratar um complexo esquema de fraude na transferência de veículos. A ação resultou na prisão de cinco pessoas e no cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Belo Horizonte, Engenheiro Navarro, Joaquim Felício, Montes Claros e Nova Lima.

As investigações foram conduzidas pela 5ª Delegacia Especializada em Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores (DEIFRVA), que faz parte da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores (DEPIFRVA). Durante as investigações, foram bloqueados judicialmente cerca de R$ 15 milhões das contas dos envolvidos no esquema criminoso. Além disso, foram apreendidos 14 veículos e determinado o impedimento de outros 218 que eram utilizados pelos investigados, bem como de uma moto aquática. Também foi realizado o sequestro judicial de imóveis relacionados às atividades ilícitas.

Dentre os presos, três foram detidos em Belo Horizonte e os outros dois em Engenheiro Navarro. Um dos detidos é apontado como líder da organização criminosa e há também uma ex-gerente de banco que teria facilitado as fraudes e foi demitida após o início das investigações.

Foto: Polícia Civil/Divulgação

O esquema envolvia a criação de caminhões a partir de documentações falsas baseadas em veículos que ainda estavam nas montadoras. Os suspeitos recrutavam laranjas para formar empresas fantasmas e, ao falsificar o capital dessas empresas, obtinham crédito junto a instituições financeiras, apresentando os supostos veículos como garantia de financiamento. O dinheiro obtido era então ocultado por meio de esquemas de lavagem de dinheiro, como a aquisição de imóveis ou veículos legítimos. Estima-se que o grupo tenha obtido aproximadamente R$ 100 milhões em crédito ilícito.

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O delegado Leandro Macedo, da 5ª DEIFVRA, explicou que as investigações tiveram início há cerca de um ano e meio e revelaram um grupo altamente organizado, com divisão clara de tarefas. Havia um núcleo de liderança responsável por coordenar todas as operações e criar a documentação falsa dos caminhões. Um núcleo operacional recrutava os laranjas, enquanto o núcleo contábil adulterava a documentação das empresas fantasmas, incluindo a falsificação do capital. Os caminhões, que na realidade não existiam, eram transferidos para essas empresas. Um núcleo bancário operava facilitando a obtenção de crédito, causando enormes prejuízos aos bancos.

A PCMG identificou que os laranjas eram geralmente pessoas sem recursos financeiros, muitas delas analfabetas, trazidas do Norte de Minas para a capital, onde assinavam documentos em benefício dos investigados. No total, foram identificados 22 laranjas e descobertas 40 empresas fantasmas relacionadas ao esquema.

As investigações continuam com o objetivo de prender os três integrantes da organização criminosa que estão foragidos e esclarecer todos os detalhes dos fatos apurados até o momento.

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Foto: Polícia Civil/Divulgação

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