Estados concentraram a maior parte dos atos desde o domingo em que Lula foi eleito novo presidente da República.
Os manifestantes que se posicionam contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República continuam interditando parcialmente e fechando totalmente rodovias brasileiras nesta terça-feira (8). Apesar da Polícia Rodoviária Federal informar que já desfez 1.070 atos do tipo, as ações persistem bloqueando as vias em cinco pontos, sendo quatro no Estado do Mato Grosso e mais uma no Paraná. Além dessas manifestações, há ainda 10 pontos de interdição em estradas do país, com fluxo de veículos parcialmente interrompido. Na semana passada, logo após a eleição do domingo, 30, o Supremo Tribunal Federal determinou que a PRF e a Polícia Militar de cada Estado atuassem pelo fim das mobilizações, apontando-as como antidemocráticas por se oporem a uma eleição limpa e transparente, como classificou. Após alguns dias em silêncio e a repercussão negativa em alguns setores da economia, que começaram a falar em diversos tipos de desabastecimento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) também falou sobre os atos, classificando-os como ilegítimos. O mandatário pediu a livre circulação de veículos e pessoas no país, mas ressaltou ver caráter democrático nas mobilizações, pedindo apenas que fossem realizadas em outros espaços e com outras estratégias que não as da esquerda, como citou. A maior parte das manifestações migrou para as cidades, em muitos casos próximos a sedes das Forças Armadas, onde pedem “intervenção federal”, “intervenção militar” e “resistência civil”.
