Delegado Renato Alves da Fonseca explica que há versões contraditórias sobre o atrito entre o empresário Pedro Lacerda e o segurança Edson Carlos Ribeiro, no domingo (26), durante evento. Testemunhas disseram que foi utilizado um soco-inglês para ferir o segurança, porém, o objeto não foi encontrado.
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O empresário Pedro Lacerda, de 32 anos, negou que tenha agredido o segurança Edson Carlos Ribeiro, de 42 anos, que morreu durante um evento em Divinópolis. A informação é do delegado da Polícia Civil Renato Alves da Fonseca durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (27). De acordo com o responsável pelas investigações, há versões contraditórias e será feito o levantamento sobre o que ocorreu entre o investigado e o segurança.
Ouça a coletiva com o Delegado Renato Alves da Fonseca
[audio mp3="https://destaknewsbrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/09/Coletiva-homicidio-em-Divinopolis.mp3"][/audio]"O investigado, no depoimento assistido pelo advogado, nega qualquer agressão física contra a vítima e que tenha dito algo pejorativo com relação à pessoa da vítima. Ele alega que estava participando desta festa e tomou conhecimento da prisão por seguranças que lá trabalhavam e, posteriormente, o acionamento da polícia. Somente na delegacia tomou conhecimento da suspeita contra sua pessoa", disse o delegado.
Pedro teve a prisão preventiva decretada no domingo (26) após uma audiência de custódia. Conforme registrado no Boletim de Oocrrência (B.O) da Polícia Militar (PM), testemunhas disseram que o segurança chamou a atenção do empresário, que teria se irritado com a situação. Em seguida, o rapaz o agrediu com golpe usando um soco-inglês. Edson não resistiu e morreu no local.
"Testemunhas alegam que o investigado teria agredido fisicamente a vítima com um golpe e utilizando um soco-inglês Outra testemunha alega que não viu o uso de soco-inglês, embora tenha visto a agressão. Os seguranças que realizaram a detenção do suspeito não localizaram esse instrumento e também não indicaram aos policiais uma possível pessoa que pudesse ter auxiliado a dispensar isso", acrescentou Renato.
Vídeo com o momento da prisão do suspeito
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A Polícia Civil disse também que nos próximos dias deverá ouvir outras testemunhas, principalmente, a fim de investigar se houve ou não uso de soco-inglês.
"O Direito aceita a prova testemunhal, lógico que corroborada com outros resultados, por exemplo, temos que aguardar o resultado do médico legista para verificar se existe lesão no corpo da vítima que possa ser compatível com o uso deste instrumento", concluiu Renato.
O crime foi registrado pela Polícia Civil como lesão corporal seguido de morte. Segundo Renato, não existem elementos que justifiquem a tipificação como homicídio.
"A polícia toma as decisões e tipificação inicial da conduta baseado na Legislação em vigor. O crime de homicídio tem como principal elemento que o caracteriza a vontade inicial do agente, o dolo, a conduta, o resultado. Normalmente quem quer causar a morte de alguém excede dos meios utilizados. E a lesão corporal a conduta também é observada. Neste caso, houve uma discussão verbal, segundo testemunhas, e um soco na vítima e uma separação por terceiros deste atrito. Não houve elemento sobre essa ação ter sido preparada, uso excessivo de agressões para causar a morte", finalizou.