Em vídeo divulgado em seu canal, um grupo de homens aparece escavando em uma área desmatada.
Gilson Spier, conhecido como Polaquinho, preso pela Polícia Civil no último dia 13 de maio, acusado de manter um esquema para extração ilegal de ouro na Terra Indígena Munduruku, no Pará, é filiado ao DEM de Jacareacanga (PA), desde 5 de outubro de 2011. A matéria continua após a publicidade
Prisão
A prisão de Spier foi possível porque um dia antes, em 12 de maio, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobrevoou a região de Itaituba (PA) com agentes do Ibama e do ICMBio. Os helicópteros utilizados eram da Força Nacional e Polaquinho imaginou que seria uma operação para prendê-lo. Foi então que tomou a decisão de fugir para Jacareacanga, onde foi detido. Polaquinho estava foragido desde o dia 22 de abril, quando a Polícia Federal estourou a Operação Divitia. Embora tenha escapado, Spier teve dois carros de luxo apreendidos pelos agentes e um helicóptero. Um celular e documentos completam a lista do material obtido pelos policiais. Em março deste ano, a equipe de Spier atacou uma associação de mulheres mundurukus, após serem impedidos de entrar no território. Durante a operação, a equipe de Polaquinho tentou usar indígenas para negociar a instalação do garimpo. A Polícia Federal denunciou cinco indígenas por mineração ilegal, crime contra o patrimônio da União e associação criminosa. São eles: Waldelirio Manhuary, apontado como líder do grupo, Josias Manhuary, Adailton Pago, Francisco Xiri e Zenobio Manhuary. A legalização da extração de minérios em terras indígenas é uma promessa antiga do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e está frequentemente na boca de Ricardo Salles. [caption id="attachment_88280" align="alignnone" width="459"]
Outro lado
Até a publicação desta reportagem,o DEM não havia respondido aos questionamentos do Brasil de Fato. Já os representantes de Gilson Spier não foram encontrados para comentar. Siga-nos Também no Instagram: @destaknews