A rainha Elizabeth II deu seu último adeus ao homem com quem ela foi casada por 73 anos, em uma cerimônia fúnebre sóbria com máscaras e poucos convidados devido à pandemia.
Com honrarias militares, o funeral do príncipe Philip acontece neste sábado (17), no Castelo de Windsor com uma breve procissão fúnebre, seguido por um serviço religioso restrito e um enterro privado. O decano de Windsor, David Conner, fez uma oração antes de o caixão ser trasladado para a capela de St George. A matéria continua após a publicidade
O cortejo fúnebre iniciou-se às 14h45 (horário local), com duração de oito minutos, saudações de honra e o toque do sino na torre do castelo. Participaram do cortejo os filhos da rainha Elizabeth II e de Philip, Charles (herdeiro do trono), Anne, Andrew e Edward, e alguns de seus netos, William, Harry e Peter Phillips. Também estavam presentes o marido de Anne, Timothy Laurence, e o sobrinho do monarca, David Linley.
A rainha apareceu com uma dama de companhia em um Bentley oficial e se juntou à retaguarda do cortejo enquanto o hino nacional, "God Save the Queen", tocava.
A cerimônia começou com um minuto de silêncio antes do início do serviço religioso em St. George, a capela gótica do século XV localizada no castelo de quase mil anos de Windsor, cerca de 50 km a oeste de Londres.
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Princípe Charles, Princípe Harry e Príncipe William participam do funeral neste sábado do Príncipe Philip, que morreu aos 93 anos e foi casado por 73 com a rainha Elizabeth II. Foto: Jeremy Selwyn//AP[/caption]
O funeral sóbrio de estilo militar com máscaras foi para poucos convidados devido à pandemia.
Antes da cerimônia, a monarca, que completa 95 anos nesta quarta-feira, 21, sentou-se só na capela para dizer adeus ao marido, o homem com quem ela se casou quando ainda era uma princesa, em 1947, e cuja morte a deixa sozinha no crepúsculo de seu reinado.
Devido ao coronavírus, os britânicos foram convidados a não viajar para Windsor. Ainda alguns decidiram fazer a viagem enquanto a maioria do país seguia o ato pela televisão. "As pessoas não deveriam vir, mas este é um grande evento, único, geracional. O duque foi especial, por isso esperamos muitas pessoas ", disse à AFP Mark, 57, um das dezenas dos agentes de segurança nas ruas de Windsor.
Nas proximidades do castelo, curiosos como Kaya também estavam em silêncio. Mar, um pintor de 65 anos, chegou no primeiro trem de Londres com um grande retrato do príncipe Philip debaixo do braço. “Foi muito importante para mim estar aqui hoje”, assegurou. ”Foi um bom homem "e" o país vai sentir falta dele", completou.
Coberto com sua espada, seu boné naval e seu estandarte pessoal, o caixão do duque foi transferido pela manhã pelo porta-aviões do Primeiro Batalhão de Granadeiros - do qual o príncipe foi coronel por 42 anos - da capela particular da família. Philip morreu a apenas alguns meses de completar cem anos.