Carta aberta feita por Empresários de Santos (SP), Uberaba (MG) e Itapecerica (MG), contra o lockdown é Faknews

Empresários das cidades de Santos (SP), Uberaba (MG) e Itapecerica (MG), escreveram uma carta aberta criticando o lockdown e anunciando que não vão cumprir decretos de fechamento de comércio nas cidades.   Há alguns dias, o Boatos.org desmentiu a informação falsa que apontava que empresários de Ribeirão Preto (SP) haviam escrito uma carta falando que não iriam cumprir decretos que determinavam o fechamento do comércio na cidade e se posicionando contra o lockdown.   A mesma mensagem havia viralizado como se fosse de outras cidades. Hoje vamos falar de três delas: Santos (SP), Uberaba (MG) e Itapecerica (MG). Leia as três versões da história que circula online: Versão 1: CARTA ABERTA DOS EMPRESÁRIOS DO MUNICÍPIO DE SANTOS Ao Sr. governador João Dória, prefeito Municipal DE SANTOS, Vereadores, Comitê de Contingência ao Coronavírus e ao povo SANTISTA. Informarmos que a partir do dia 17 de março de 2021, não aceitaremos e muito menos seguiremos qualquer decreto que impeça qualquer pessoa no Município de SANTOS de exercer seu Direito Constitucional da Livre Iniciativa (Art. 1o, IV, CF e Art. 170, CF). Qualquer novo decreto que impeça o trabalho irá comprometer outro Direito Constitucional, o da Dignidade da Pessoa Humana (Art. 1o, III, CF) seja para Empresários, Colaboradores, Funcionários Públicos, Aposentados e outros, pois, além de inviabilizar a continuidade de atividades, demissão em massa, quem tem seus proventos sofrerá com enorme redução em virtude da inflação no preço dos produtos. Pedimos que o Sr. Prefeito, Vereadores e Comitê de Contingência que esqueçam a política e adotem o tratamento precoce, transparência da vacinação e verbas, façam investimentos na área da saúde, aumento de leitos, insumos, estoque de medicamentos, EPIs, dentre outros que garantam atendimento médico a todos, bem como a fiscalização contínua de festas clandestinas, churrascos e aglomerações. Reiteramos que Distanciamento Social não é sinônimo de Proibição do Trabalho e Fechamento de Atividades, tendo em vista que 90% do comércio e serviços do Município não possuem aglomerações, devido a crise financeira. Dentro das lojas do centro, shoppings ou bairros, são raras as que possuem vários compradores simultâneos e as que possuem, devem controlar os acessos. Por fim, reiteramos ao Sr. Prefeito que não iremos seguir qualquer decreto que impeça o trabalho a partir do dia 17 do mês de março de 2021 e pede que não sejam editados decretos neste sentido, pois a abertura não será uma opção do Sr. Prefeito, mas do povo SANTISTA contra os decretos e a fiscalização, ante a situação, iremos praticar a legítima defesa (Art. 25 do Código Penal), pois estaremos defendendo nossas famílias, nossos amigos, nossos colaboradores, todo cidadão SANTISTA e nosso patrimônio. Pedimos diálogo, honestidade, bom senso e que afastem-se do espectro político, permitindo o povo trabalhar, para que evitemos enfrentamentos desnecessários que possam causar danos, quaisquer que sejam entre quem precisa trabalhar e agente da administração pública, seja na legislação, ou fiscalização. Queremos a paz, saúde e acima de tudo, que todos sejam livres. Atenciosamente, Empresários de SANTOS. Divulga nos seus contatos, vamos fazer rodar o Brasil, pode ser o começo de um grande levante, temos que ter a dignidade de levar nosso sustento para nossa família e isso só se faz com trabalho   Versão 2: CARTA ABERTA DOS EMPRESÁRIOS DO MUNICÍPIO DE UBERABA “Ao Sr. governador Romeu Zema e a prefeita Municipal Elisa Araújo, Vereadores, Comitê de Contingência ao Coronavírus e ao povo Uberabense. “Informarmos que a partir do dia 17 de março de 2021, não aceitaremos e muito menos seguiremos qualquer decreto que impeça qualquer pessoa no Município de Uberaba de exercer seu Direito Constitucional da Livre Iniciativa (Art. 1o, IV, CF e Art. 170, CF). “Qualquer novo decreto que impeça o trabalho irá comprometer outro Direito Constitucional, o da Dignidade da Pessoa Humana (Art. 1o, III, CF) seja para Empresários, Colaboradores, Funcionários Públicos, Aposentados e outros, pois, além de inviabilizar a continuidade de atividades, demissão em massa, quem tem seus proventos sofrerá com enorme redução em virtude da inflação no preço dos produtos. “Pedimos que a Sra. Prefeita, Vereadores e Comitê de Contingência que esqueçam a política e adotem o tratamento precoce, transparência da vacinação e verbas, façam investimentos na área da saúde, aumento de leitos, insumos, estoque de medicamentos, EPIs, dentre outros que garantam atendimento médico a todos, bem como a fiscalização contínua de festas clandestinas, churrascos e aglomerações. “Reiteramos que Distanciamento Social não é sinônimo de Proibição do Trabalho e Fechamento de Atividades, tendo em vista que 90% do comércio e serviços do Município não possuem aglomerações, devido a crise financeira. Dentro das lojas do centro, shoppings ou bairros, são raras as que possuem vários compradores simultâneos e as que possuem, devem controlar os acessos. “Por fim, reiteramos ao Sr. Prefeito que não iremos seguir qualquer decreto que impeça o trabalho a partir do dia 17 do mês de março de 2021 e pede que não sejam editados decretos neste sentido, pois a abertura não será uma opção do Sra. Prefeita, mas do povo Uberabense contra os decretos e a fiscalização, ante a situação, iremos praticar a legítima defesa (Art. 25 do Código Penal), pois estaremos defendendo nossas famílias, nossos amigos, nossos colaboradores, todo cidadão Uberabense e nosso patrimônio. “Pedimos diálogo, honestidade, bom senso e que afastem-se do espectro político, permitindo o povo trabalhar, para que evitemos enfrentamentos desnecessários que possam causar danos, quaisquer que sejam entre quem precisa trabalhar e agente da administração pública, seja na legislação, ou fiscalização. “Queremos a paz, saúde e acima de tudo, que todos sejam livres. Atenciosamente, Empresários de UBERABA. Versão 3: "CARTA ABERTA DOS EMPRESÁRIOS DO MUNICÍPIO DE ITAPECERICA/MG Ao Sr. governador Romeu Zema, prefeito, Vereadores de Itapecerica, Comitê de Contingência ao Coronavírus e ao povo de todo município de Itapecerica. Informarmos que a partir do dia 15 de março de 2021, não aceitaremos e muito menos seguiremos qualquer decreto que impeça qualquer pessoa no Município de exercerem seu Direito Constitucional da Livre Iniciativa (Art. 1o, IV, CF e Art. 170, CF).   Qualquer novo decreto que impeça o trabalho irá comprometer outro Direito Constitucional, o da Dignidade da Pessoa Humana (Art. 1o, III, CF) seja para Empresários, Colaboradores, Funcionários Públicos, Aposentados e outros, pois, além de inviabilizar a continuidade de atividades, demissão em massa, quem tem seus proventos sofrerá com enorme redução em virtude da inflação no preço dos produtos.   Pedimos que ao Sr. Prefeito, Vereadores e Comitê de Contingência que esqueçam a política e adotem o tratamento precoce, transparência da vacinação e verbas, façam investimentos na área da saúde, aumento de leitos, insumos, estoque de medicamentos, EPIs, dentre outros que garantam atendimento médico a todos, bem como a fiscalização contínua de festas clandestinas, churrascos e aglomerações.   Reiteramos que Distanciamento Social não é sinônimo de Proibição do Trabalho e fechamento de atividades, tendo em vista que 90% do comércio e serviços do Município não possuem aglomerações, devido a crise financeira. Dentro das lojas do centro ou em bairros, são raras as que possuem vários compradores simultâneos e as que possuem, devem controlar os acessos.   Por fim, reiteramos ao Sr Prefeito que não iremos seguir qualquer decreto que impeça o trabalho a partir do dia 15 de mês de março de 2021 e pede que não sejam editados decretos neste sentido, pois a abertura não será uma opção do Sr. Prefeito, mas do povo contra os decretos e a fiscalização, ante a situação, iremos praticar a legítima defesa (Art. 25 do Código Penal), pois estaremos defendendo nossas famílias, nossos amigos, nossos colaboradores, todo cidadão e nosso patrimônio.   Pedimos diálogo, honestidade, bom senso e que afastem-se do espectro político, permitindo o povo trabalhar, para que evitemos enfrentamentos desnecessários que possam causar danos, quaisquer que sejam entre quem precisa trabalhar e agente da administração pública, seja na legislação, ou fiscalização.   Queremos a paz, SAÚDE ACIMA DE TUDO, que todos sejam livres.   Atenciosamente, Empresários da região do município de Itapecerica/MG."   As mensagens se espalharam com muita força em redes sociais (principalmente no WhatsApp). Porém e como muitos devem imaginar (assim esperamos), a informação que aponta para a tal carta de empresários de Santos e Uberaba e Itapecerica (MG) não procede. Como boa parte da explicação sobre o boato relacionado aos “empresários de Ribeirão Preto” vale para hoje. A mensagem por si só já levanta suspeitas. Além das características “tradicionais” de boatos (vaga, alarmista, com erros de português, pedido de compartilhamento e falta de fontes confiáveis), ela tem um teor extremista que não condiz com associações de empresários (parece mais fala de extremista de investigado pelo STF) e também está repleta de informações erradas.   Além de pregar a desobediência civil (quem for atrás da história pode até querer descumprir o decreto, mas será multado e terá o comércio fechado), apela para argumentos não válidos para “defender o comércio aberto”. Vamos repetir: 2 mil pessoas estão morrendo por dia e a situação é de emergência! Para diminuir a disseminação do vírus, é preciso fechar o comércio não-essencial (que impacta na circulação de pessoas e no transporte público). Há, sim, prerrogativas para que sejam tomadas essas medidas.   Ao buscar pela mensagem, encontramos diversas mensagens atribuídas a empresários de “outras cidades”. Vimos a mesma “carta dos empresários” circulando como se fosse de Paracatu (MG), Uberaba (MG), Manhuaçu (MG), Santos (SP), Limeira (SP), Santa Bárbara d’Oeste (SP), entre outras. Ou seja: é uma carta genérica que está sendo atribuída a torto e a direito Brasil afora (alguém duvida que logo teremos que desmentir uma mesma versão da história envolvendo outra cidade?).   Para bater o martelo, procuramos pela Acirp (Associação Comercial de Ribeirão Preto). No site oficial da entidade, há um alerta de fake news. Em nota, a associação negou que empresários da cidade estejam se organizando para descumprir decretos de fechamento do comércio. Leia a nota:   Em virtude de questionamentos feitos, a prefeitura de Itapecerica procurou o presidente da CDL-Itapecerica e o mesmo esclareceu que não tem relação alguma com o documento e repudia a disseminação de notícias falsas que, além de não informarem, deturpam a ordem neste momento tão preocupante que vivemos.   Ressaltamos ainda a importância do papel de cada um de nós, como cidadãos, de checar as informações recebidas por redes sociais e grupos de mensagens e se atentar para informações sem procedência antes de compartilhar. A disseminação de informação falsa é um desserviço para a sociedade.   A carta em questão não tem autoria ou uma lista de assinaturas e entidades que avalize as informações. Em uma busca rápida na internet é possível verificar que a publicação está circulando em todo o País pelas redes sociais para que cada cidade adapte com os seus dados.   Vamos falar especificamente sobre os casos de Uberaba e Santos. Ao buscar por informações provindas das associações comerciais das respectivas cidades, nada encontramos sobre a Resumindo: além de a carta em questão ter características de boatos, pregar informações erradas, ser genérica e não estar assinada por nenhuma entidade, não está endossada por associações de comerciantes de Santos, Uberaba, Itapecerica ou qualquer outra cidade.

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