Justiça de Minas mantém prisão de empresário acusado de matar gari em briga de trânsito

O “histórico criminal agressivo” foi o fator determinante para que a Justiça mineira mantivesse a prisão do empresário acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes durante uma briga de trânsito na região Oeste de Belo Horizonte. A audiência de custódia, que converteu a prisão em flagrante para preventiva, ocorreu na manhã desta quarta-feira (13).

Perfil violento e risco à ordem pública

O acusado, de 47 anos, está casado com uma delegada da Polícia Civil e responde a uma ação penal por lesão corporal grave. Segundo a Justiça, esse histórico "demonstra uma personalidade violenta e reiteração delitiva, denotando a necessidade de se garantir a ordem pública".

Crime qualificado e discussão banal

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) afirma que o crime caracteriza-se como um homicídio duplamente qualificado, pois o acusado dificultou a defesa da vítima e agiu motivado por uma discussão banal. O órgão considerou que a “gravidade da conduta extrapola o que seria admitido como normal”.

O promotor responsável pelo caso avaliou ainda que, em juízo de probabilidade, eventual soltura do acusado poderia violar a ordem pública. Essa decisão reforça a necessidade de mantê-lo preso durante as investigações.

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Homem nega crime e afirma estar em Betim

Apesar das acusações, o empresário negou a autoria do crime e afirmou que estava em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no momento do assassinato. A Polícia Civil, no entanto, garantiu ter elementos robustos para comprovar sua participação no caso.

Entre as evidências coletadas estão a placa do carro usado no crime, imagens de câmeras de segurança, o calibre da arma utilizada e relatos de testemunhas que apontam para o envolvimento do empresário. A arma, encontrada no apartamento onde o homem mora com a esposa delegada, foi encaminhada para perícia para confirmar se é a mesma usada no homicídio.

Segundo as autoridades, os resultados dos exames periciais devem ficar prontos em um prazo de até dez dias, o que pode fornecer novas informações sobre o caso.

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Família da vítima em busca de justiça

Enquanto as investigações avançam, a família de Laudemir de Souza Fernandes clama por justiça. Amigos e colegas do gari destacam seu caráter pacífico e expressam indignação diante da violência desnecessária que tirou sua vida.

O caso reforça o debate sobre a segurança pública e a necessidade de medidas mais rígidas contra crimes de trânsito que resultam em tragédias evitáveis.

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