Minas Gerais encerra 2020 com queda de 32,9% nos crimes violentos e de 6,4% nas vítimas de homicídios; diz Romeu Zema

No comparativo com 2018, a redução da criminalidade violenta chega a 51,2%; governador Romeu Zema divulgou estatísticas do ano em suas redes sociais.

Os crimes violentos caíram 32,92% em Minas Gerais ao longo de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados representam um total de 22.748 crimes a menos em todo o estado em relação a 2019 e foram divulgados nesta sexta-feira (12) pelo governador Romeu Zema, em suas redes sociais. Dentre os 15 índices monitorados mensalmente pelo Observatório de Segurança Pública, 14 apresentaram redução. No comparativo com 2018, a queda da criminalidade violenta chega a 51,26%.   A matéria continua após a publicidade Em meio à alta de homicídios no país no último ano, Minas Gerais volta a mostrar que uma gestão eficiente faz a diferença. Importante indicador da criminalidade e um dos menos afetados pelo contexto de distanciamento social, o número de vítimas de homicídios consumados apresentou queda de 6,43% no estado. Na capital, a redução foi ainda maior, de 14,17%. Levando-se em conta o interior, 612 municípios - o equivalente a 71,75% do total - não registraram homicídios, mantiveram ou reduziram os índices na comparação com 2019. As maiores quedas na criminalidade violenta do estado foram registradas na 7ª e na 11ª Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps), com sedes em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, e em Montes Claros, no Norte de Minas, respectivamente. Na 7ª Risp a redução de crimes violentos foi de 41,50% e, na 11ª Risp, de 40,58%. Indicadores As estatísticas de criminalidade violenta incluem os registros de homicídio consumado e tentado, extorsão mediante sequestro consumado, sequestro e cárcere privado consumado, estupro consumado e tentado, estupro de vulnerável consumado e tentado, roubo consumado e tentado e extorsão consumado e tentado. Além desses crimes, o Observatório de Segurança Pública também monitora e divulga mensalmente os registros de furto e lesão corporal. Confira, a seguir, todos os indicadores monitorados: [caption id="attachment_82238" align="alignnone" width="567"] Divulgação/Governo de Minas Gerais[/caption]  
O ano de 2020 também se destacou pela redução nos indicadores de roubo e furto consumados, crimes que apresentam relação mais direta com o contexto de pandemia. O número de roubos caiu 36,30%, com quase 20 mil ocorrências a menos em 2020 em relação a 2019; e o número de furtos reduziu 22,01%, com uma diferença de 60 mil crimes no comparativo com o ano anterior. Os índices de estupro consumado também seguem em queda. Entre 2020 e 2019, a redução é de 20,16%. Ao todo, 83% dos municípios mineiros não registraram, mantiveram ou reduziram os números de estupros em 2020. Desde o início da pandemia da covid-19, as estatísticas de feminicídio e de violência doméstica contra a mulher, produzidas pela Polícia Civil de Minas Gerais, também são acompanhadas e divulgadas mensalmente. Segundo o levantamento com o compilado do ano, as ocorrências de feminicídios consumados apresentaram queda de 5,55%. Foram 136 crimes consumados em 2020, contra 144 em 2019. Entre os feminicídios tentados, a redução foi de 13,98%. Já os indicadores de violência doméstica como um todo apresentaram variação de 1,01% registros a menos em 2020 na comparação com o ano anterior.    Os números divulgados pelo governo de Minas, contradizem a realidade: Quando divulgada a queda nos números de crimes violentos em Minas Gerais, estes resultados são baseados nas estatísticas pautadas pelos Boletins de Ocorrências. Muitas das ocorrências de tentativas de homicídios provenientes de disparos de arma de fogo bem como o uso de arma branca/faca, em que a vítima não vai a óbito; é classificado como lesão corporal. Sendo assim, a lesão corporal não entra nas estatísticas de crimes violentos. Vale ressaltar que, quando um indivíduo efetua disparos de arma de fogo contra outra pessoa e mesmo que a vítima não seja atingida, tem que ser considerado como, tentativa de homicídio, no qual o autor teve a intenção de eliminar o alvo. Quando criminosos efetuam disparos de arma de fogo contra policiais em serviço e mesmo que estes policiais não sejam atingidos, a natureza do registro é, homicídio tentado contra policiais, ou seja, tentativa de homicídio. A vida de um civil ou de um policial, tem o mesmo valor, por tanto não deveria haver tal discrepância. Recentemente um cidadão durante um desentendimento em uma cidade de Minas Gerais, foi atingido no lado esquerdo do tórax por uma facada, ficando a vítima em estado grave. A princípio, o boletim de ocorrência estava sendo registrado como lesão corporal, mas, após a vítima ser transferida para um hospital de outra cidade, este veio a óbito, fato que, muda o histórico do registro, passando de lesão corporal, para homicídio consumado, mas se a vítima não tivesse evoluído paro óbito, seria apenas lesão corporal. Fatos como estes acontecem rotineiramente, quando uma pessoa comum é vítima de tentativa de homicídio, que é um crime violento, mas para não aumentar as estatísticas dos crimes violentos, a natureza do registro passa a ser, lesão corporal e não tentativa de homicídio. Essa é uma orientação que parte do governo do estado e que já vem de alguns anos, para tentar mostrar para a população uma realidade fantasiosa.   Vamos aos fatos: Como um estado consegue reduzir a criminalidade com um número de policiais cada vez mais decrescente! Ou seja, temos na Polícia Militar de Minas Gerais, um número de baixas significativas. Como mortes de militares, por suicídio, acidentes, confrontos, afastamentos médico, entre outros. Porém, a reposição do efetivo, não acompanha a mesma velocidade das perdas. A pergunta é, com um número baixo no efetivo, tanto da polícia militar quanto da polícia civil no estado de Minas Gerais, qual á mágica para se obter tais resultados apresentado pelo Governo do estado? A única alternativa é, a maquiagem dos números de crimes violentos. Por mais que haja prisões e apreensões de armas e drogas, os números de armas não deixam de aumentar e consequentemente, os crimes também aumentam. No mundo do crime, não há dificuldades para adquirir armas de fogo e drogas, que em sua maioria são importadas do Paraguai pelos criminosos, por termos uma justiça tão branda no Brasil, o resultado é, a polícia sempre enxugando gelo. Ainda estamos longe da realidade que queremos e não será maquiando os números da violência que iremos solucionar o problema da segurança pública. Para isso é necessário urgentemente, que os políticos mudem para melhor as leis existentes e que tais leis, sejam realmente aplicadas. Mas, como ainda não existe força de vontade para melhorar este quadro no Brasil, continuaremos no fundo do poço. Empurrar a sujeira para baixo do tapete, não é a solução dos problemas, até porque a realidade é bem diferente do que diz as estatísticas; e as autoridades sabem muito bem disso.
 

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