Ipês-amarelos colorem a paisagem em Minas Gerais

A duas semanas para a chegada da primavera, os ipês-amarelos se destacam na paisagem.  Árvore símbolo do Brasil tem mais de 20 espécies em Minas.

Sob o céu muito azul do fim de inverno, o ouro dos ipês se harmoniza com as matas a fim de celebrar também, em verde e amarelo, o Dia da Independência do Brasil. A combinação de tons serve para levantar o astral neste 7 de Setembro e tirar um pouco o peso destes tempos de pandemia do novo coronavírus. Segundo o meteorologista da Climatempo Ruibran dos Reis, a estação que começará no Dia da Árvore vai ser "seca e quente", com poucas chuvas, portanto, um prolongamento deste agosto com dias ensolarados e baixa umidade do ar. "As chuvas estarão atrasadas, vai chover pouco, vindo mais abundantes em janeiro, no verão”, afirma Ruibran. Para quem saiu a passeio no feriadão, ou caminha pela capital, a copa dos ipês é um show à parte nas vias públicas. Mas é mas rodovias que o cenário "auriverde" salta aos olhos, embora a falta de chuva tire o viço das folhas e as queimadas lancem no ar uma cortina de fumaça – no sentido real. O professor de botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), João Renato Stehmann, explica que os ipês mais exuberantes vistos agora, de grande porte e com amarelo muito forte, são os típicos da mata atlântica. "Não há nada de errado com a floração deles, está na época certa", explica o especialista, destacando que, em Minas, há mais de 20 espécies diferentes. No caso dos amarelos, são três, somando-se aos da mata atlântica os de menor porte, plantados geralmente em passeios, e os nativos encontrados em lotes vagos e outros locais.

VARIEDADE

Árvore símbolo do Brasil, com várias espécies do amarelo também na floresta amazônica, cerrado e outras regiões, o ipê-amarelo agrada aos olhos do comerciante Edilson Aguiar Moreira, que trabalha na Feira dos Produtores, na Região Nordeste da capital. "Vim conhecê-lo quando mudei para Belo Horizonte, na década de 1990. Até então, nunca tinha visto. Acho lindo demais", conta o baiano da cidade de Abaíra. O comerciário Bruno Gustavo de Oliveira também aprecia, só não gosta quando cortam e podam demais as árvores. "É preciso preservar o meio ambiente", alerta.

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