Nova lei em Minas Gerais proíbe policiais de atuarem sozinhos em patrulhas

Uma nova lei aprovada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) proíbe que policiais atuem sozinhos em atividades de prevenção ao crime. A medida, que busca garantir maior segurança para os agentes e para a população, foi proposta pelo deputado Caporezzo (PL) e sancionada recentemente.

A prática de patrulhamento individual, comum em algumas regiões do estado, é vista como uma solução precária para a falta de efetivo nas corporações. No entanto, o autor do projeto argumenta que ela expõe os policiais a riscos desnecessários. "Essa prática, utilizada como estratégia para a falta de servidores, coloca em risco os agentes e a população", afirmou o deputado Caporezzo. Segundo ele, a atuação de um único policial em viaturas ou a pé em áreas de alta periculosidade aumenta a vulnerabilidade do agente e reduz sua capacidade de resposta em caso de confronto ou ocorrências complexas.


 

Impacto na segurança pública

 

Especialistas em segurança pública concordam que a nova lei é um passo importante para modernizar as operações policiais e alinhar as práticas mineiras a padrões de segurança mais rigorosos. A atuação em dupla ou em equipes maiores oferece uma série de vantagens táticas:

  • Aumento da segurança do policial: Em caso de emboscada, agressão ou necessidade de contenção, um segundo agente pode prestar apoio imediato, garantindo a integridade física de ambos.

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  • Maior eficiência: A presença de mais de um policial permite uma divisão de tarefas, como a abordagem, a revista pessoal, a comunicação com a central e o controle de perímetro, tornando a ação mais rápida e eficaz.

  • Redução de riscos à população: A presença de dois agentes pode inibir a ação de criminosos e proporciona uma resposta mais controlada e profissional em situações de tensão, diminuindo a probabilidade de erros ou acidentes.


 

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Desafios e perspectivas

 

Apesar de a lei ter sido bem recebida, sua implementação pode enfrentar desafios, principalmente no que diz respeito ao efetivo policial. A falta de servidores, motivo que levava à atuação individual, continua sendo um problema. A Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais ainda não se manifestou publicamente sobre como a nova lei será aplicada e quais medidas serão tomadas para garantir que o número de policiais seja suficiente para cumprir a determinação.

A expectativa é que a medida estimule o governo a investir em novos concursos públicos e em políticas de retenção de profissionais, garantindo que a segurança da população e dos agentes seja prioridade. A lei marca um avanço na busca por condições de trabalho mais seguras e uma segurança pública mais eficiente e profissional em Minas Gerais.

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