A defesa do empresário Renê da Silva Nogueira Junior, 47 anos, investigado pela morte a tiros do gari Laudemir de Souza Fernandes, 45, anunciou sua renúncia ao caso nesta segunda-feira (18). Os advogados Leonardo Guimarães Salles, Leandro Guimarães Salles e Henrique Vieira Pereira, que atuam pelo renomado escritório Ariosvaldo Campos Pires Advogados, confirmaram a decisão, que se baseou em "motivo de foro íntimo" após uma conversa com o cliente.
Renê Nogueira Junior foi preso preventivamente no último dia 11 de agosto e nega ser o autor do disparo fatal. O crime chocou a capital mineira pela sua aparente futilidade.
O Crime e a Reconstituição dos Fatos
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O trágico incidente ocorreu na semana passada, quando o empresário trafegava em uma via e se deparou com um caminhão de lixo parado. Segundo a investigação da Polícia Civil, Nogueira Junior se irritou com a interrupção momentânea do trânsito. Testemunhas relataram à polícia que ele, inicialmente, ameaçou "atirar na cara" da motorista do caminhão. Quando o gari Laudemir Fernandes e seus colegas saíram em defesa da motorista, o empresário sacou uma arma e atirou contra a vítima, que foi atingida no tórax.
Laudemir foi socorrido e levado para o Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Após o crime, o empresário fugiu do local. Ele foi localizado e preso pela polícia em uma academia de alto padrão no bairro Estoril, uma área nobre de Belo Horizonte, dias depois do ocorrido.
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A Arma do Crime e o Indiciamento
As investigações policiais revelaram que a arma utilizada no assassinato, uma pistola calibre 380, pertence à delegada Ana Paula Balbino Nogueira, esposa de Renê. Perícias balísticas confirmaram que a munição que vitimou o gari partiu dessa arma.
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Com base nas evidências, a Polícia Civil indiciou Renê Nogueira Junior por homicídio duplamente qualificado, devido ao motivo fútil e ao recurso que dificultou a defesa da vítima; por porte ilegal de arma de fogo; e por ameaça.
Próximos Passos
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Com a renúncia da defesa, a família do empresário terá que contratar novos advogados para dar continuidade ao processo judicial. O caso segue sob investigação e o Ministério Público deverá oferecer a denúncia formal à Justiça nos próximos dias, dando início à ação penal contra o acusado.
