Operação “River of Money” investiga lavagem de dinheiro em parque

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, nesta quinta-feira (20), a operação “River of Money”, nas cidades de Garça (SP), Belo Horizonte (MG) e Barão de Cocais (MG). O objetivo é apurar crimes de falsidade ideológica, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo o Parque Aquático River Park, localizado em Santa Bárbara, região Central de Minas.   A matéria continua após a publicidade DestakNews-Apps no Google Play A operação contou com o apoio logístico da Polícia Civil do Estado de São Paulo e de informações do Departamento Federal de Investigação (FBI). O Chefe do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes da PCMG, Delegado Agnelo de Abreu Baeta, ressalta que o valor investigado gira em torno de cem milhões.   Até o momento, seis pessoas foram ouvidas, entre sócios do parque aquático e de empresas que estariam envolvidas no esquema criminoso. Estão sendo investigados sócios de dezenas de empresas, além de empresários e contadores. Foram apreendidos celulares, documentos, computadores, máquinas de cartões de crédito e outros materiais. [caption id="attachment_74839" align="alignnone" width="1024"] Foto: Polícia Civil/Divulgação[/caption] O Titular da Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes contra a Ordem Tributária, Delegado Domiciano Monteiro, explica que o esquema criminoso está ligado a movimentações de recursos por meio de “laranjas” e empresas de fachada. “Há inconsistência fiscal dos investigados, na casa dos milhões de reais e também das várias empresas que estão envolvidas. Os valores que são declarados por essas pessoas físicas e jurídicas não conferem com a realidade, pelo que indicam as apurações até esse momento”.   Monteiro detalha que algumas pessoas declararam que venderam os dados delas para essas empresas e que essa atitude teria o intuito de dissimular a origem e o destino de recursos. “Várias empresas que movimentaram recursos na casa de dezenas de milhões de reais possuem como sócios pessoas com renda de um salário mínimo ou pouco mais que isso, apesar de toda essa movimentação”, explicou. [caption id="attachment_74840" align="alignnone" width="721"] Foto: Polícia Civil/Divulgação[/caption] Dois suspeitos moravam nos Estados Unidos por vários anos e se mudaram para o Brasil em 2015, quando teve início a movimentação suspeita. Outros investigados também possuem contatos naquele país, que apontam movimentação de recursos para esse mesmo esquema. “O FBI nos auxiliou na obtenção de informações de investigados no exterior, uma vez que já foram detectadas até mesmo a aquisição e venda de pelo menos dois dos investigados em Miami. As informações de origem e destino também passaram a ser objeto de investigação”. [caption id="attachment_74841" align="alignnone" width="1024"] Foto: Polícia Civil/Divulgação[/caption]

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