A Polícia prendeu, na manhã desta segunda, dia 8, o homem acusado pelo assassinato da formiguense Maria Eduarda, de 15 anos, que estava desaparecida desde a terça-feira, dia 2. Em entrevista coletiva à imprensa, os delegados Tiago Veiga, Luís Paulo e Danilo César e a inspetora Samira, informaram sobre a prisão e deram detalhes do crime.
O acusado, que confessou o crime durante testemunho à Polícia Civil, é um homem formiguense, de 26 anos, que vive nas ruas, descrito pelo delegado Tiago Veiga como um “contumaz furtador”. Ele é usuário de drogas e tem histórico de pequenos furtos.
A Polícia chegou ao suspeito após analisar imagens de circuitos de segurança que estavam instalados no trajeto que Maria Eduarda fez. Imagens analisadas pela Polícia mostram Maria Eduarda andando pelas ruas, ela morava no bairro Água Vermelha, e seguia sentido Tiro de Guerra. O acusado seguiu Maria Eduarda por um longo trajeto até ataca-la aplicando uma “gravata”, nas proximidades da sede do Tiro de Guerra. Dominando a garota, o criminoso a levou até um ponto, atrás de um caminhão que estava estacionado, forçou-a a atravessar uma cerca de arame e entrar no matagal, onde finalizou o crime.
Além de abusar sexualmente da garota, o criminoso a enforcou usando o casaco dela. A causa da morte detectada pela Polícia foi asfixia. O corpo foi deixado no matagal, onde o crime foi cometido.
A Polícia chegou ao suspeito após ele negociar o celular de Maria Eduarda. O que foi feito pouco após o crime.
Segundo suspeito
A Polícia esclareceu que Maria Eduarda saiu de casa para se encontrar com um jovem, o encontro foi marcado pelas redes sociais. Esse homem chegou a ser considerado como suspeito, que poderia ter participado do crime, mas o envolvimento dele foi descartado pela Polícia Civil. Ele prestou depoimento e depois foi liberado. Ele mora perto do local onde o crime ocorreu e por sete minutos, segundo a Polícia Civil, o encontro entre Maria Eduarda e este jovem não ocorreu.
A Polícia Civil contou ainda que este segundo suspeito ficou conhecendo Maria Eduarda uma semana antes do crime.
Justiça
O criminoso vai responder por latrocínio, que é roubo seguido de morte, e por estupro. A pena mínima, prevista na legislação, é de 20 a 30 anos por homicídio; e por estupro é de seis a 12 anos.
Histórico
Maria Eduarda saiu de casa na noite de terça-feira, dia 2, após avisar à família que iria na casa de uma colega. A procura pela garota começou na quarta-feira, dia 3, após a mãe dela ligar para a amiga e descobrir que Maria Eduarda não chegou ao destino. Desesperadamente, a família pedia qualquer informação a respeito do paradeiro da menina.
A mãe gravou um vídeo pedindo que a filha retornasse para casa e ainda que se alguém estivesse com ela, que a devolvesse em segurança. “Maria Eduarda, eu te amo tanto. Volta logo, por favor. Todo mundo aqui está desesperado, Duda. Te amo, por favor. Se alguém estiver com ela, me dê notícias, por favor. Traz minha filha de volta, eu não vou fazer nada com você”, implorou nas imagens que duram cerca de um minuto.
O corpo de Maria Eduarda foi encontrado na tarde deste domingo, dia 7, quando a Polícia usou um drone para vistoriar a área onde ocorreu o crime. Desde então, muitas pessoas vem se manifestando nas redes sociais, pedindo por Justiça.
Sepultamento
O sepultamento ocorreu às 9 de hoje, no Cemitério do Santíssimo, em Formiga.