Rios Doce e das Velhas estabilizam e recuam em cidades de Minas Gerais e Espírito Santo

Alívio para a população atingida pelas cheias no Sudeste do Brasil. O rio Doce e o rio das Velhas estão estabilizando e recuando nas cidades em cota de inundação no ES e MG. A informação é do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que atualizou nesta tarde desta quarta-feira (29), os dados do monitoramento dos rios da região Sudeste. Hoje, cinco municípios estão na cota de inundação.

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O rio Doce em Linhares (ES) parou de subir e está estabilizando em torno da cota de 5,63 metros. Em Colatina (ES), o rio desceu 70 cm, está na cota de 7,18m. Em Tumiritinga (MG), o rio já desceu mais de um metro, segue com inundação, mas na cota de 5,76m. Em Governador Valadares (MG) o rio desceu e está com 4,20 metros. Para o rio das Velhas em Santo Hipólito (MG) a tendência também é estabilizar nas próximas horas. Em Santo Hipólito, o rio das Velhas está na cota de 10,04 metros.
Municípios com rio em cota de inundação:
  • Santo Hipólito (MG)
  • Tumiritinga (MG)
  • Governador Valadares (MG)
  • Colatina (ES)
  • Linhares (ES)
[caption id="attachment_63576" align="alignnone" width="1280"] Participação do coordenador dos Sistemas de Alertas Hidrológicos da CPRM, Artur Matos, por videoconferência de reunião no CENAD[/caption]
MOBILIZAÇÃO NACIONAL – O Serviço Geológico do Brasil é um dos órgãos mobilizados para monitorar o impacto das fortes chuvas e tempestades que atingiram o Sudeste e Centro-Oeste do país, participando de reuniões diárias juntamente com gestores e técnicos de agências e outros órgãos do Governo Federal no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). Colaborando com o compartilhamento imediato de dados gerados por cada órgão, que permite maior integração no processo de tomada de decisão e da gestão dos recursos disponibilizados às operações, a CPRM fornece informações sobre o comportamento dos rios e previsões.
MEDIÇÃO DE VAZÃO – Equipes que atuam nos Sistemas de Alerta dos rios Muriaé, Doce, Pomba e das Velhas e também na Rede Hidrometeorológica Nacional estão em campo para realizar medição de vazão dos rios. Conforme explica o coordenador dos Sistemas de Alerta Hidrológico da CPRM, Artur Matos, quando os rios estão elevados é o momento para realizar medição de vazão, identificando a quantidade de água que está passando nos locais com alagamento. Essa informação serve para ajustar os dados usados para nossas previsões”, explicou. No total, sete engenheiros hidrólogos atuam no monitoramento e previsão das quatro bacias do Sudeste.
[caption id="attachment_63578" align="alignnone" width="1032"] Equipe da CPRM realiza medição de vazão no rio Paraíba do Sul em Campo dos Goytacazes[/caption]
RIO SÃO FRANCISCO – A cheia na região Sudeste causa impacto no rio São Francisco. O rio das Velhas, que é um afluente, ainda está subindo. De acordo com o gerente de Hidrologia da CPRM em Salvador, Miguel Cidreira, durante campanha de monitoramento realizada nesta semana foi identificada a subida do rio. A previsão é de que o rio suba mais um pouco, mas deve ficar em situação de cotas médias nos próximos dias. Na terça-feira, dia 28/01, o rio São Francisco em Bom Jesus da Lapa (BA), estava na cota de 3,98 m e foi realizada a medição de vazão da ordem de 1500m3/s. Está subindo, mas a previsão é não aumentar muito ao longo da bacia. Em São Romão que fica em Minas, a cota chegou a 7,18m e vazão de 4700m3/s, mas está baixando, com cota atual de 7,08m. A situação pode mudar se voltar a chover mais forte.
HISTÓRICO DA CHEIA - Na Bacia do Rio Doce, oito municípios de Minas Gerais sofreram inundação: Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Açucena e Governador Valadares, além de Colatina e Linhares (ES). Na Bacia do rio Muriaé, sete municípios: Carangola (MG), Porciúncula (RJ), Patrocínio do Muriaé (MG), Itaperuna (RJ) e Cardoso Moreira (RJ). Na bacia do rio das Velhas, Raposos (MG), Rio Acima (MG) e Jequitibá (MG) superaram a cota de inundação. Na bacia do rio Pomba, o rio Pomba transbordou Guarani (MG), Cataguases (MG), Santo Antônio de Pádua (RJ) e Aperibé (RJ).
Os Sistemas de Alerta Hidrológico implantados e operados pela CPRM tem o apoio da Agência Nacional de Água (ANA), através de aporte de recurso para operação das estações telemétricas que compõem os Sistemas, as quais fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional de Referência - RHNR.
Acesse o Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) do Rio Muriaé Acesse o Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) do Rio das Velhas  Acesse o Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) do Rio Doce Acesse o Sistema de Alerta Hidrológico SAH) do Rio Pomba

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