Betim, MG — Um incêndio de proporções catastróficas mobilizou o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) na manhã deste sábado (6) no bairro Jardim Piemonte, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). As chamas consumiram completamente um galpão industrial e causaram danos significativos a estruturas vizinhas. Felizmente, nenhuma vítima foi registrada no incidente.
O Foco do Incêndio e a Carga Inflamável
O fogo teve início por volta das 9h em uma das estruturas do complexo industrial, que abrigava uma empresa especializada na fabricação de pisos de borracha. O local era um verdadeiro armazém de materiais altamente inflamáveis. Segundo o levantamento preliminar do CBMMG, estavam estocadas no galpão cerca de 150 toneladas de borracha e aproximadamente quatro toneladas de resina, substâncias que potencializaram a intensidade e a dificuldade do combate às chamas.
Além do vasto material-prima, o maquinário industrial também foi perdido, incluindo:
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Duas empilhadeiras.
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Cinco máquinas de prensa hidráulica.
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Dez misturadores de grande porte.
A Complexidade do Combate
O combate ao incêndio exigiu um esforço operacional significativo da corporação. Quatro equipes, totalizando 16 militares, foram imediatamente mobilizadas para a zona de risco. A natureza do material em combustão, que produz fumaça densa e tóxica e gera altíssimas temperaturas, demandou o envio de uma viatura de abastecimento de água em apoio direto, garantindo o suprimento contínuo para o resfriamento e extinção das chamas.
Apesar da magnitude do fogo e do risco iminente de propagação descontrolada, a ação coordenada dos bombeiros foi crucial. Eles conseguiram montar uma linha de defesa eficaz para proteger os dois galpões vizinhos, um ocupado por uma empresa de logística e outro por uma serralheria. Ambos tiveram prejuízos considerados baixos em comparação à estrutura principal, demonstrando o sucesso da estratégia de contenção.
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Investigação e Estrutura
Durante a fase de rescaldo — etapa de eliminação dos últimos focos de calor — parte do telhado do galpão principal desabou, um risco esperado devido à intensidade do calor e ao colapso estrutural causado pelo fogo.
Apesar da gravidade do ocorrido, o Corpo de Bombeiros confirmou que a empresa possuía o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) válido, indicando que as medidas de segurança contra incêndio estavam, formalmente, em dia.
As causas que levaram à ignição ainda são desconhecidas. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros darão início à investigação, mas não há, até o momento, indícios de ação criminosa. Equipes da Defesa Civil e do CBMMG trabalham agora na área sinistrada para a remoção segura da estrutura colapsada com o uso de maquinário adequado.
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