Mulher que ofendeu taxista negro responderá em liberdade após pagar R$ 10 mil em fiança

A mulher de 36 anos presa por cometer injúria racial contra um taxista de Belo Horizonte, na última quinta-feira (5), conseguiu liberdade provisória mediante ao pagamento de R$ 10 mil em fiança. A decisão foi tomada neste sábado (7) em audiência de custódia realizada no Fórum Lafayette, no bairro Barro Preto.
 

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A mulher foi presa após atacar um taxista negro e se assumir racista, segundo testemunhas. Ao motorista, ela disse que “não gosta de negros”. “Sou racista mesmo”, completou.
A agressora estava no presídio de Vespasiano e saiu neste sábado para falar com a juíza de custódia. Após a audiência, ela ficou detida na carceragem do Fórum,  aguardando a confirmação do pagamento da fiança para ser liberada.
Ela responderá pelo crime em liberdade, tendo de cumprir algumas medidas, como não se ausentar de Belo Horizonte sem comunicar a Justiça.
O caso
Na quinta-feira (5), a mulher foi presa após disparar ofensas raciais contra o taxista Luis Carlos Alves, de 51 anos, na região Centro-Sul de BH. Ela rejeitou uma corrida com o motorista alegando que “não gosta de negros”. Além disso, ela cuspiu na vítima e ofendeu policiais que registravam a ocorrência.
O caso aconteceu por volta das 16h, na avenida Álvares Cabral, no Santo Agostinho. O taxista contou aos policiais que estava no ponto de táxis quando viu a mulher xingando um idoso.
O motorista ficou irritado com a situação e ofereceu ao idoso uma corrida para sair do local. No entanto, a mulher quem respondeu ao taxista. “Preciso de um táxi sim, mas não ando com negros”, disse a mulher ao condutor, segundo o boletim de ocorrência.
O taxista alertou a mulher de que ela havia cometido um crime, mas não foi o suficiente para cessar os ataques. Na sequência, a mulher teria dito ainda que “não gosta de negros” e que era racista. Além disso, cuspiu no pé do taxista.
O taxista Luiz, desabafou. “Faltam palavras para descrever o que senti. Só quem já passou por isso sabe do que estou falando”, diz. “Eu fiquei sem reação quando ouvi aquelas palavras. Na hora, eu disse: ‘moça, você está cometendo um crime’! Mas ela continuou dizendo que não andava com negros”, acrescenta.

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