A Polícia Militar, que informou nessa quinta-feira (17) que a mulher de 37 anos feita refém por um criminoso dentro de casa, em Campinas, havia sido atingida por estilhaços de disparo do sniper, mudou a versão e afirmou que ela foi baleada. A Corregedoria apura se ela foi atingida por um disparo de um policial ou do sequestrador.
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Ela deu entrada no hospital PUC-Campinas às 14h32 dessa quinta-feira (17). Às 15h25 dessa sexta-feira (18), o hospital divulgou boletim médico da paciente em que explicava que, "após procedimento cirúrgico de urgência, a paciente segue internada na UTI Adulto. A paciente encontra-se estável, sedada, em ventilação mecânica e inspira cuidados".
Ontem, a PM havia informado, em nota, que "foi realizada a intervenção do sniper, o qual atingiu o agressor, neutralizando-o imediatamente, e que não resistiu ao ferimento. A mulher foi atingida por estilhaços do disparo na região dos glúteos, tendo sido socorrida em estado de saúde estável".
Nessa sexta-feira, a corporação disse que "em atenção à grave ocorrência registrada na cidade de Campinas, a PM informa que a senhora mantida refém por um dos criminosos foi atingida durante a intervenção policial e precisou passar por cirurgia. Seu estado de saúde ainda inspira cuidados e desejamos a ela pronta recuperação".
"A PM informa, ainda, que, conforme determinam os protocolos e procedimentos da corporação para ocorrências envolvendo confronto policial e óbito, foi instaurada investigação para apurar as circunstâncias da ação. Os resultados da apuração serão apresentados à sociedade assim que o trabalho investigativo for concluído", complementou.
A mulher, que não teve a identidade revelada, foi feita refém, dentro da própria casa, durante duas horas (das 12h às 14h), junto à sua filha, de apenas dez meses, por um criminoso que tentava fugir da polícia após participar de um roubo no aeroporto internacional de Viracopos. O criminoso foi identificado como Luciano Santos Barros, de 40 anos. Ele morava em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, e tinha uma passagem na polícia por tráfico de drogas em 2008.
Barros ligou para o 190, informou que estava com as vítimas e pediu que a imprensa fosse ao local. Depois de duas horas, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) informou que ele foi morto após ser atingido por um tiro disparado por um sniper. A criança deixou a casa no colo de uma policial militar.
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Imagem: Luciano Claudino/Estadão Conteúdo[/caption]