Presos comandam mais um sequestro da Nelson Hungria e cobram R$ 1 milhão de resgate

A Polícia Civil vai detalhar, na manhã desta segunda-feira (12), mais um caso de sequestro em que os mandantes do crime estão cumprindo pena na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Trata-se do cárcere de um jovem, de 21 anos, morador de Bom Despacho, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Para libertá-lo, os criminosos teriam cobrado da família R$ 1 milhão.

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Sequestros comandados por presos não são novidade para as autoridades de segurança pública em Minas Gerais.  Todos os 28 crimes atendidos pela delegacia anti-sequestro da Polícia Civil, entre janeiro de 2018 e o primeiro semestre de 2019, foram comandados por detentos da unidade. 
Na ocorrência de Bom Despacho, os policiais Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) identificaram sete sequestradores. Todos eles integram uma organização criminosa que não teve o nome revelado e estão acautelados na Nelson Hungria, de onde partiu a ordem para o crime. Para libertar o jovem, eles teriam cobrado da família R$ 1 milhão. 
“Durante a extorsão mediante sequestro, foi pedida a quantia de um milhão de reais. O pagamento não foi realizado graças ao trabalho da Polícia Civil”, informou, em nota. A corporação não informou a data em que o crime ocorreu e nem deu detalhes da ocorrência. As informações serão veiculadas durante coletiva à imprensa, marcada para 10h30 desta segunda-feira.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), responsável por administrar o sistema penitenciário, informou que "tem somado esforços, juntamente com as instituições parceiras do sistema prisional" para promover melhorias "a curto, médio e longo prazo nas unidades prisionais administradas pela pasta". 
Ainda segundo a pasta, unidades prisionais do Estado tem recebido visitas de funcionários da Sejus para promover a padronização dos sistemas. Há, também expectatica de criação de 2.500 vagas para novos detentos a partir de ampliações nas prisões já existes e construções de novas unidades.
Crimes nos presídios 
Em junho, o delegado Ramon Sandoli informou que a Polícia Civil trabalha, em casos de sequestro, para evitar que a vítima seja feita de refém, antecipando-se aos criminosos. Segundo ele, em cinco, dos 28 sequestros, isso ocorreu. "Nossa intenção é agir o mais rápido possível. Temos desenvolvido ações de inteligência, prevenção e investigação buscando, ao final de algum tempo, terminar com isso ou diminuir esses fatos que vêm ocorrendo. Estamos voltados para combater esse tipo de organização criminosa, que está dentro do presídio. Essa é a diretriz que vamos seguir", diz.  

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