Mais de um milhão de reais. Esse é o valor contabilizado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), apreendido no curso da Operação Vento Leste, realizada nessa quinta-feira (2), em Belo Horizonte. Em menos de um mês, policiais lotados na 1ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (1ª Draco) desarticularam a quadrilha que atuava com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
A matéria continua após a publicidade

Nesta sexta-feira (3), durante coletiva de imprensa, a PCMG apresentou detalhes da prisão dos quatro homens apontados como líderes da quadrilha. Alexandre da Silva Teixeira, 31 anos; Felipe Samuel dos Santos Silva, 31; Jonas Lopes Xavier, 36 e Diego Junio Giudice Amorim,32, foram presos em flagrante, próximos a uma loja de som, localizada no bairro Santa Inês, região Leste da Capital.
Os policiais ainda confirmaram a apreensão de mais de R$ 1 milhão de reais, sendo que o dinheiro encontrado estava dividido em pacotes. Os suspeitos separaram as notas em maços e fizeram anotações dos respectivos valores. A quantia recolhida compraria três toneladas de maconha ou 300 kg de pasta base de cocaína. Além do montante, foram apreendidos quatro carros, dois deles de luxo (um Honda Civic e um Mercedes C180), e outros dois populares (um Voyage e um Focus).
Segundo o Delegado Marcus Vinicius Lobo Leite Vieira, titular da 1ª Draco, os veículos eram utilizados para lavar o dinheiro adquirido por meio do tráfico de drogas. Os suspeitos ocultavam o dinheiro e,posteriormente, simulavam que o lucro era proveniente de trabalhos lícitos, como, por exemplo, a compra e a venda de automóveis, explicou.
[gallery type="slideshow" size="large" ids="38549,38550,38551,38552,38553"]
A polícia ainda investiga a aquisição de imóveis como outra fonte de lavagem de dinheiro.
O grupo criminoso foi preso no momento em que tirava o dinheiro de um carro e colocava em outro. Nós chegamos a tentar contar o dinheiro usando uma máquina própria, mas, as notas estavam úmidas e isso nos obrigou a fazer a contabilização manual, detalhou o delegado.
Ainda de acordo com os policiais, durante as declarações prestadas em cartório, na delegacia, alguns disseram que só irão falar em juízo e outros negaram envolvimento em qualquer tipo de crime, apesar de terem sido presos em outras ocasiões. Todos os quatro suspeitos foram encaminhados ao Sistema Prisional.