"#FakeNews" Apoiadora do “ele não” foi marcada com suástica por três homens?

O relato de uma jovem de 19 anos que teria sido agredida em Porto Alegre obteve grande destaque na mídia nesta quarta-feira (10). De acordo a denúncia divulgada pelo G1, ela usava uma mochila com um adesivo com a bandeira LGBT e os dizeres “Ele Não” – contra Jair Bolsonaro (PSL) – quando teria sido abordada e agredida por três homens.
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O caso teria acontecido no bairro Cidade Baixa. Ainda segundo a jovem, ela descia de um ônibus, a caminho de casa, quando foi abordada pelos homens que passaram a proferir xingamentos homofóbicos. A menina teria revidado os xingamentos e acabaria sendo agredida com socos e marcada com suástica feita por um canivete. Seria verdade?
De acordo com o portal Agência Caneta, existem vários indícios que apontam para uma FakeNews.
Bom, não somos policiais para dar um veredito criminal sobre o caso, mas tudo leva a crer que se trata de uma false flag (ação criada para aparentar ter sido realizada por um adversário político a fim de obter benefícios das consequências resultantes). Em outras palavras: o mais provável é que a própria jovem tenha feito a marca em si mesma e inventado a história para “militar” politicamente. E há uma série de indícios disso.
O primeiro deles é que a jovem optou por não representar criminalmente contra os supostos agressores, o que impede a polícia de prosseguir com as investigações, realizar exame de corpo de delito na vítima, obter imagens das câmeras de segurança para confirmar os autores dos ataques e buscar a condenação criminal deles. Ora, por que uma pessoa agredida por três criminosos no meio da rua, com direito a “suástica” desenhada no próprio corpo, não buscaria a condenação dos agressores? A não ser, claro, que a história seja falsa…
Outro indício de que a história é uma false flag é que houve pelo menos duas versões diferentes do caso. No boletim de ocorrência registrado originalmente na noite de terça-feira (09) – um dia depois da suposta agressão – a “vítima” teria afirmado que estava com uma camiseta do “ele não”. No dia seguinte, após a repercussão do caso, a jovem mudou a versão em depoimento à Polícia Civil: na verdade, ela estaria usando uma mochila com um adesivo com a bandeira LGBT e os dizeres “Ele Não”. E logo depois desistiu de representar criminalmente contra os tais agressores. Estranho, não?
[caption id="attachment_23766" align="alignnone" width="650"] Boletim de ocorrência: a camiseta virou adesivo na mochila[/caption]
O terceiro indício de que seja uma false flag é o próprio símbolo desenhado na jovem: a suástica está invertida na horizontal, ou seja, aparenta ter sido feita diante de um espelho. Conforme disse ao UOL o delegado titular da 1ª Delegacia de Porto Alegre, Paulo Jardim: “fui olhar o desenho que fizeram na barriga dela. É um símbolo budista, de harmonia, de amor, de paz e de fraternidade. Se tu fores pesquisar no Google, tu vai ver que existe um símbolo budista ali. Essa é a informação”. Convenhamos: é meio difícil um grupo de (neo)nazistas não saber desenhar uma suástica corretamente, não acha?
[caption id="attachment_23767" align="alignnone" width="677"] A suástica está invertida horizontalmente e se transformou em um símbolo budista[/caption]
O quarto indício de que se trata de uma false flag é o ferimento. Se você fosse agredido por três pessoas no meio da rua e duas delas te segurassem pelos braços (como afirmou o post da jornalista que viralizou a notícia) para que a terceira te marcasse com um canivete, duas coisas aconteceriam: você teria marcas nos braços (por resistir à ação) e a marca gerada pela agressão seria feita de forma grosseira e teria diversas falhas (afinal, a vítima estaria se debatendo). Entretanto, a jovem não apresenta nem uma coisa e nem outra: nenhuma matéria menciona que ela possui marcas nos braços e os diversos cortes da marca são bastante retos e sem falhas, além de serem superficiais (o que evita uma cicatriz). Isso não parece ser um ato feio no meio da rua por três bandidos com um canivete, mas sim uma autoflagelação feita com uma lâmina em frente ao espelho.
Por fim, temos o quinto indício de que se trata de uma false flag: a ausência de testemunhas até o momento. Segundo o boletim de ocorrência, a agressão teria acontecido entre as 19:30 e 20:30 – por uma hora – na Rua Baronesa do Gravataí, em via pública (no meio da rua) e próximo ao Colégio Pão dos Pobres. Jogando essas informações no Google Maps, é possível perceber que se trata de uma área residencial em que deve haver razoável circulação de pessoas e ônibus. Ninguém percebeu que a jovem estava sendo agredida? Muito pouco provável.
Conclusão
Por todos os motivos expostos, concluímos que há uma alta probabilidade da notícia ser FALSA, se tratando apenas de uma ação criada pela própria jovem para fazer militância política durante o período eleitoral. O que não seria uma novidade: uma brasileira chegou a ser condenada na Suíça por inventar um “ataque” similar.

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