Dívida de R$ 4 bilhões do Estado com as prefeituras foi destaque do primeiro evento do Congresso Mineiro de Municípios

Só em 2017, a dívida do governo de Minas com municípios na saúde, principalmente com fornecedores, bateu na casa dos R$ 4 bilhões. A matéria continua após a publicidade A informação é do presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), Eduardo Luiz da Silva, na abertura do I Seminário de Cooperação Municipal no Território Regional de Saúde, nesta terça (19), no primeiro dia do 35º Congresso Mineiro de Municípios, promovido pela Associação Mineira de Municípios, no Mineirão. “Estamos conversando com o Ministério Público para que se tome alguma providência nessa dívida que o Estado tem com os 853 municípios”, afirmou Silva, que também é secretário municipal de Saúde de Taiobeiras, no Norte do Estado. “Chegamos a 26% de investimentos dos municípios mineiros em saúde, enquanto o Estado, com 60% de restos a pagar, investiu menos de 5% em 2017”, complementou. Dívida do Governo do Estado com o Município de Itapecerica é de R$ 2.959.156,42 (dois milhões novecentos e cinquenta e nove mil reais e quarenta e dois centavos). Números atualizados em 13/06/2018. [caption id="attachment_13779" align="alignnone" width="643"] Foto Reprodução[/caption] O prefeito de Uberaba, cidade do Triângulo, Paulo Piau, reforça que o Estado deixou de repassar quase R$ 60 milhões ao município. “Os hospitais estão à míngua, e quem está na linha de frente é o agente de saúde, que recebe a pressão direta do cidadão. O governo do Estado está longe, mas nós não. Estamos no município no dia a dia, enfrentando essa pressão”, disse ele, que colocou como necessária um mudança no pacto federativo. “Não dá  mais para ficar pedindo favores para cuidar da saúde.” A decisão do governador de Minas, Fernando Pimentel, de proibir os técnicos estaduais de participar deste congresso da AMM também foi alvo de críticas do prefeito de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, Walker Américo Oliveira. “Enquanto isso, ele (Pimentel) está inaugurando veículos do Samu, em Porteirinha, no Norte de Minas. Em São Sebastião, não temos capacidade de pagar a folha dos próprios funcionários do Samu por causa do passivo do Estado”, ressaltou Oliveira.  

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