A Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Osasco realizou uma operação de grande impacto no combate à pirataria e a crimes contra o consumidor. No dia 19 de agosto, as autoridades fecharam uma fábrica clandestina que produzia em larga escala café e sabão em pó falsificados no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo.
A ação policial não apenas desmantelou o esquema de produção, mas também retirou das ruas uma quantidade significativa de produtos de baixa qualidade, vendidos sob a aparência de marcas conhecidas e confiáveis, representando um risco direto à saúde pública e um enorme prejuízo aos consumidores e às empresas legítimas.
Esquema de Falsificação e Produtos Adulterados
No local, os criminosos operavam na falsificação de pelo menos duas marcas de grande reconhecimento nacional. A principal atividade era a produção de café de baixíssima qualidade, que era embalado e rotulado como o café da marca Pilão.
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Além disso, a investigação encontrou fortes indícios de que o esquema também se dedicava à falsificação de sabão em pó da marca Brilhante. A fábrica operava de forma rudimentar e clandestina, misturando insumos de procedência duvidosa e utilizando embalagens falsas para enganar o consumidor.
A Captura e as Apreensões
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A operação que levou ao fechamento da fábrica começou com a interceptação de uma picape que transportava 40 fardos de produtos adulterados. O motorista do veículo, detido em flagrante, confessou o crime e colaborou com a polícia, levando os agentes diretamente ao depósito clandestino na Mooca.
No galpão, a DISE de Osasco realizou uma das maiores apreensões recentes de produtos falsificados na região. Entre os materiais recolhidos, destacam-se:
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550 pacotes de café falsificado, totalizando cerca de 275 kg de produto.
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Bobinas de embalagens falsificadas, prontas para o empacotamento, tanto para o café quanto para o sabão em pó.
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2.550 peças de roupas falsificadas, indicando que o esquema criminoso operava com a pirataria em múltiplas frentes.
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Máquina de silk, utilizada na confecção de embalagens ou na falsificação de etiquetas de vestuário.
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Veículo utilizado no transporte da mercadoria ilícita.
Prisões e Implicações Legais
Durante a ação, dois homens foram presos em flagrante. Eles foram conduzidos à delegacia e responderão por crime contra as relações de consumo, previsto na Lei nº 8.137/90, que prevê penas severas para quem falsifica, corrompe, adultera ou altera produtos destinados a consumo, tornando-os impróprios ou nocivos à saúde.
A investigação que culminou na prisão dos indivíduos e no fechamento da fábrica foi iniciada após a própria empresa responsável pela marca Pilão identificar a presença de produtos falsificados em mercados e mercearias de São Paulo, acionando as autoridades competentes.
Alerta para o Consumidor
As autoridades reforçam o alerta à população para que redobrem a atenção ao adquirir produtos, especialmente em pequenos comércios ou mercearias. Para se proteger, o consumidor deve:
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Desconfiar de preços muito abaixo do praticado pelo mercado.
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Verificar a qualidade da embalagem, procurando por erros de impressão, cores fora do padrão ou má vedação.
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Adquirir produtos em estabelecimentos de confiança e que emitam nota fiscal.
A Polícia Civil segue com as investigações para identificar a origem dos insumos, a rede de distribuição completa e outros possíveis envolvidos no esquema criminoso.
