Economistas Elevam Projeção da Inflação para 5,50% em 2025, Superando a Meta

Em um cenário de incerteza econômica, economistas consultados pelo Banco Central revisaram suas projeções para a inflação, elevando a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 5,50% até o final de 2025. Este aumento de 0,42 ponto percentual em relação à previsão anterior sinaliza que a meta de inflação, estabelecida em 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, será ultrapassada. A notícia acende um alerta para o poder de compra dos brasileiros e o rumo da política monetária do país.

Perspectivas Menos Otimistas para os Próximos Anos

As projeções para os anos seguintes também sofreram ajustes para cima, indicando um cenário menos otimista para a trajetória da inflação. Para 2026, a expectativa de inflação subiu para 4,22%, enquanto para 2028, a estimativa é de 3,73%. A persistência da pressão inflacionária preocupa os analistas, que temem os impactos sobre a atividade econômica e o consumo das famílias.

Desaceleração do IPCA-15 não Alivia Preocupações

Apesar da desaceleração observada no IPCA-15 de janeiro, que registrou uma taxa de apenas 0,11%, a menor para o mês desde a implementação do Plano Real em 1994, os analistas mantiveram suas expectativas de alta para a inflação. Este baixo índice, atribuído a fatores sazonais e pontuais, não foi suficiente para reverter a tendência de alta da inflação projetada para o ano.

Expectativa de Aumento da Taxa Básica de Juros

Diante do cenário inflacionário, o mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central eleve a taxa básica de juros (Selic) em sua próxima reunião. A expectativa é de um aumento de um ponto percentual, elevando a Selic de 12,25% para 13,25%. Esta medida visa conter a inflação, mas pode impactar o crescimento econômico.

Continua após a publicidade

Crescimento do PIB e Câmbio

De acordo com o boletim Focus, que reúne as projeções do mercado financeiro, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,06% em 2025. No entanto, as previsões para 2026 e 2027 indicam uma desaceleração da atividade econômica, reforçando as preocupações com o cenário macroeconômico. Em relação ao câmbio, a expectativa é que o dólar encerre o ano cotado a R$ 6,00, o que pode pressionar ainda mais a inflação via aumento dos custos de produtos importados.

Fonte: Boletim Focus do Banco Central