Turista argentino baleado no Rio: polícia identifica quatro envolvidos no crime, mas Justiça não decreta prisão

A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou quatro homens envolvidos no ataque a tiros contra o turista argentino Gaston Fernando Burlon, de 51 anos, ocorrido na última quinta-feira (12) no Morro do Escondidinho, em Santa Teresa, Zona Norte do Rio de Janeiro. Burlon, ex-secretário de Turismo de Bariloche, foi baleado na cabeça após entrar com seu carro por engano na comunidade e permanece internado em estado gravíssimo.

Apesar da identificação dos autores, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva feito pela polícia. O juiz de plantão, Orlando Eliazaro Feitosa, considerou que não se tratava de um caso de urgência, concordando com o parecer do Ministério Público.

Autores identificados

A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT), responsável pelas investigações, identificou os quatro autores como:

  • Cláudio Augusto dos Santos, conhecido como "Jiló";
  • Tiago de Oliveira, conhecido como "TG";
  • Raphael Corrêa Pontes, conhecido como "De Lara";
  • Sandro da Silva Vicente, conhecido como "Sandrinho".

Segundo testemunhas, Sandrinho foi o autor dos disparos que atingiram o carro do turista. Ele possui uma extensa ficha criminal, com 20 anotações, sendo 13 delas quando ainda era menor de idade. Em 2023, Sandrinho foi preso em flagrante com uma arma de fogo em Cascadura, mas foi absolvido em maio deste ano.

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No caso do ataque a Burlon, Sandrinho foi reconhecido por duas testemunhas como o atirador.

Justiça nega prisão

O pedido de prisão preventiva dos quatro envolvidos foi apresentado ao Plantão Judiciário, mas o juiz Orlando Eliazaro Feitosa decidiu não decretar a prisão. O magistrado argumentou que a gravidade do crime, por si só, não justificava a análise do caso pelo plantão judiciário. Em sua decisão, o juiz escreveu:

“Em que pese a gravidade dos fatos, tal circunstância por si só não serve de justificativa para a distribuição da representação neste Juízo Plantonista, de modo que a medida pode ser avaliada pelo Juízo natural ou pelo Plantão Judiciário Diurno. Assim, constato que não há urgência qualificada que fundamente a necessidade de intervenção deste Juízo de plantão.”

A DEAT segue investigando o caso e busca novos elementos para embasar um novo pedido de prisão contra os suspeitos.

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