Durante uma audiência de custódia realizada na 2ª Central de Flagrantes de Natal (RN), o juiz Felipe Barros foi alvo de ameaças por parte de Alisson da Silva Andrade, preso em flagrante por furto. A sessão, que tinha como objetivo avaliar a legalidade da prisão, terminou com a confirmação da prisão preventiva de Alisson. O comportamento agressivo do réu chamou a atenção por sua postura desrespeitosa, culminando em ameaças verbais ao magistrado, a quem chamou de “cachorro”, além de proferir outras ofensas.
Alisson, durante a audiência, se comparou a grandes criminosos, afirmando ser "mais perigoso" que o conhecido traficante Fernandinho Beira-Mar. Em um dos momentos mais tensos da sessão, ele afirmou que teria ordenado o incêndio de uma viatura policial na cidade de Afonso Bezerra (RN) sem sequer tocar no veículo, sugerindo que possuía uma rede de contatos capaz de realizar tais ações a seu comando. Ele foi além, ameaçando incendiar o fórum e até mesmo a residência do juiz, caso sua prisão fosse mantida.
Diante das graves ameaças, o juiz Felipe Barros manteve a calma, porém, solicitou reforço na segurança da 2ª Central de Flagrantes para monitorar o comportamento de Alisson.
Além das ameaças, Alisson alegou durante a audiência que, ao ser capturado pela população, teria sido agredido. Esse tipo de alegação é comum em audiências de custódia, nas quais o réu tem a oportunidade de relatar eventuais abusos sofridos durante sua prisão. Contudo, mesmo com essa afirmação, a postura violenta e intimidatória de Alisson pesou na decisão do juiz, que optou por manter sua prisão preventiva.
As ameaças feitas por Alisson são levadas a sério pelas autoridades, especialmente devido à natureza de suas declarações, nas quais ele sugere ter influência sobre atos de violência, o que aumenta o risco à segurança pública. O caso será investigado com cautela para determinar se há veracidade nas afirmações do réu ou se foram proferidas como uma tentativa de intimidação.
A confirmação da prisão preventiva reforça a preocupação com a gravidade da situação e a necessidade de medidas adicionais para garantir a segurança não só do magistrado, mas também de todos os envolvidos no processo. O episódio levanta discussões sobre os riscos que agentes públicos enfrentam em sua rotina, especialmente em casos envolvendo criminosos com histórico de violência ou ameaça.
Agora, com Alisson detido de forma preventiva, as investigações devem prosseguir, buscando entender o real alcance das suas declarações e se há conexões com outros crimes, como o incêndio mencionado. A Polícia Civil também poderá averiguar se o réu realmente possui ligações com grupos criminosos que poderiam executar as ações descritas por ele.