Mortes de Yanomami crescem quase 6% no Governo Lula; Revela Levantamento

O número de indígenas Yanomamis mortos no primeiro ano do governo Lula (PT) subiu 5,8% em comparação com o último ano da gestão Bolsonaro (PL), segundo dados obtidos pelo site Poder360 via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Em 2023, foram 363 mortes de Yanomamis, contra 343 em 2022. A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) reconhece que os dados de 2023 são “preliminares” e “subnotificados”, e atribui o aumento à negligência do governo Bolsonaro.

Cerca de 30 mil Yanomamis vivem em uma reserva de 96 mil km² em Roraima e Amazonas, área maior que Portugal. A comunidade enfrenta graves problemas como desnutrição, doenças, exploração ilegal por garimpeiros e madeireiros, e dificuldade em desenvolver culturas de subsistência.

Apesar das promessas de Lula em estancar a mortalidade yanomami e de investimentos anunciados, o número de mortes aumentou em 2023. O presidente chegou a visitar a Terra Yanomami em janeiro do ano passado e criou o Ministério dos Povos Indígenas, liderado por Sonia Guajajara (Psol), como parte de suas iniciativas.

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Além da grave situação de desnutrição e do aumento de casos de malária, os yanomamis enfrentam a invasão do garimpo ilegal em seu território. Em resposta, o Exército anunciou a construção de duas bases militares temporárias e o reforço de suas operações na região, com o objetivo de intensificar a repressão ao garimpo ilegal.

Foto: Prefeitura de Boa Vista/Via Codisi-YY

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