Considerado um dos maiores cronistas da língua inglesa do século XX, George Orwell é considerado por muitos como um grande defensor da liberdade e dos direitos individuais em uma época em que o mundo enfrentava o autoritarismo e a democracia parecia ser uma utopia para poderosas nações.
O livro em formato de sátira revela o nascimento de uma revolução em uma fazenda, os bichos se revoltam contra o proprietário e iniciam um movimento que iria trazer igualdade, paz e uma vida melhor para todos, a revolução consegue êxito até o seu ápice e depois vai revelando os caprichos e as incoerências do poder da liderança revolucionária.
A liderança assume a casa principal, tem seus luxos e seus empregados particulares, já o restante dos revolucionários precisam trabalhar duro para manter a fazenda segura e sustentável, nesse momento do livro me perguntei se a vida de Fidel Castro era igual do companheiro e cortador de cana que vive no interior de Cuba.
Qualquer semelhança com o governo de Stálin e ditaduras como Cuba e China não é mera coincidência, Orwell criticou não os ideais de justiça social ou a necessidade de melhoria no contexto do capitalismo, ele apenas enxergou o uso de boas ideias para a conquista do poder e a imposição de sistemas autoritários.
Orwell é a porta que se abre a qualquer estudante sério que queira entender o delírio progressista e o autoritarismo da esquerda (ditadura do bem!) tão bem escondidos pelos nossos professores militantes.