
- 06/05/2025 - Itapecerica/MG
A maior concentração de caminhoneiros no estado do Rio de Janeiro, às margens da BR-116, no trecho da Rodovia Presidente Dutra, no município de Seropédica, parece não ceder à proposta de acordo do governo e aos apelos de suas próprias entidades de classe. No emaranhado de caminhões, em um grande pátio de um posto de combustíveis, todos os motoristas ouvidos pela reportagem da Agência Brasil hoje (28) demonstraram não estarem totalmente atendidos em suas reivindicações.
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As principais demandas, repetidas por quase todos, é um maior desconto no óleo diesel, além dos R$ 0,46 dado pelo governo, e por um período maior, de seis meses a um ano, e não por apenas 60 dias, e a garantia de um preço mínimo no chamado frete de retorno. Também reclamaram muito do valor do pedágio cobrado nas estradas, que chega a representar 10% do valor do frete.
Na noite de ontem (27), o governo federal anunciou uma redução de R$ 0,46 por litro do óleo diesel por 60 dias. O governo também concordou em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário.
Antônio Marcos da Silva, conhecido no local como Mosquito, diz que é contra voltar ao trabalho: “Se parar a greve agora, como está, será uma derrota. Porque não alcançamos o que queríamos”.
Irmão de mosquito e também caminhoneiro, João Paulo da Silva, o Pórvoa, estava convicto de que poderia resistir quantos dias fossem necessários para conseguir os objetivos. “Nós não vamos desistir. Se for preciso, ficaremos mais 15 dias”, afirmou ele, enquanto lavava a louça do almoço, embaixo de uma lona, ao lado do caminhão, onde conversavam mais quatro motoristas.
“A nossa categoria vai ganhar ainda mais força. Pois nunca houve um movimento como este, com tanta união. Antes havia muita divisão”, disse Luis Fernando Cardoso, o Bigode. “Agora somos como uma família”, completou Mosquito.

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