A polícia monitorava o telefone, que foi levado pelo suspeito no último dia 15, quando ele invadiu uma chácara e fez três pessoas reféns.
O maníaco Lázaro Barbosa, 32 anos, usou um aparelho celular roubado para criar um perfil fake no Facebook. A polícia monitorava o telefone, que foi levado pelo suspeito no último dia 15, quando ele invadiu uma chácara e fez três pessoas da mesma família reféns. As vítimas foram resgatadas por uma força-tarefa durante dramática ação que resultou em troca de tiros. A matéria continua após a publicidade
Mãe faz apelo
A mãe do psicopata confirmou ao Metrópoles, nessa sexta-feira (25), que o filho conhecia o dono da chácara preso sob acusação de dar cobertura à fuga do suspeito. Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, e o caseiro dele, Alain Reis de Santana, 33, foram detidos por uma força-tarefa montada para caçar o maníaco. “Fiquei arrasada com a prisão do seu Elmi. Ele fez isso [deu cobertura a Lázaro] porque é ser humano. Seu Elmi não tem o coração do Satanás; o coração dele é do Senhor”, disse Eva. A mulher, que se mudou para Barra do Mendes, na Bahia, após a repercussão do caso, fez mais um apelo para Lázaro se entregar e acredita que isso só não ocorreu ainda porque ele está com medo de ser morto.“Nas cartas que ele deixou, ele fala que não se entrega porque a polícia só quer matar. Como mãe, falo pra ele se entregar e não fazer mais nada com ninguém. Pense em seus filhos, eles precisam de você e te amam.”Eva também não acredita que Lázaro tenha cometido sozinho a chacina no Incra 9, em Ceilândia, no último dia 9. “A polícia tem que parar de pensar assim, porque ele [Lázaro] diz que não fez a chacina sozinho, ficam atrás dele e os outros ficam aprontando”, disse, sem explicar quem seriam os outros supostos envolvidos no quádruplo assassinato da família Vidal. [caption id="attachment_90123" align="alignnone" width="771"]

O sargento se aproximou do caseiro e perguntou se era comum sumir galinhas da chácara. O homem confirmou. O militar perguntou, então, se ali era um local onde eram feitos rituais com sacrifício de animais. Alain disse desconhecer, mas revelou ter visto velas vermelhas na propriedade e que, na ocasião, o patrão limitou-se a dizer que elas seriam usadas para um aniversário.Os policias encontraram, no interior da fossa, vísceras de galinha, além de muitas penas de cor preta, e desconfiaram que ali fosse um local de ofenda ritualística. Novamente, o caseiro foi questionado sobre rituais com oferendas. Ele negou mas contou que, aos domingos, o patrão o proibia de ir à chácara. Além disso, os militares fizeram uma varredura em um galpão de ferramentas e perceberam haver dois nomes escritos na parede. O de cima estava ilegível e escrito com o que parecia ser sangue. O segundo nome era “Jorceley”, escrito com tinta.
