O relato partiu de Dom Gregório Paixão - Bispo de Petrópolis, que gravou um vídeo e postou nesta quinta-feira (25), nas redes sociais.
[caption id="attachment_85173" align="alignnone" width="766"]Dom Gregório Paixão - Bispo de Petrópolis (Reprodução/Youtube)[/caption]
Por volta das 12h da última quarta-feira (24), um homem ingressou na igreja, proclamou sua religião, se aproximou da imagem de Nossa Senhora das Dores, e a empurrou, danificando a imagem e o móvel que estava postada. O dirigente paroquial, Padre Lucas Thadeu registrou a ocorrência na 105º DP e encaminhou cópia das imagens das câmeras de vídeo do interior da Igreja, mostrando o ato de vandalismo.A matéria continua após a publicidade“Ficamos profundamente tristes, a primeira coisa que fizemos foi rezar pelo irmão que cometeu tal atrocidade, em segundo lugar, naturalmente, por ter sido um hábito de intolerância religiosa, nós buscamos na lei aquilo que garante o nosso direito de tudo e de região. Aliás, a constituição brasileira nos garante esse direito.O homem já foi identificado e de acordo com o apurado, apresentava sinais de embriaguez. Ele alegou que por conta de sua religião (não divulgada o segmento), não gosta de imagens, daí a motivação para o vilipêndio.“Portanto, não aceitamos nenhum tipo de ato de intolerância religiosa e de violência”, completou Dom Gregório.O caso foi encaminhado para CCIR pelo cardeal do RJ Dom Orani. O Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos, direcionou imediatamente o caso para a Decradi - Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, mas não poderá atuar, como o caso está na DP em Petrópolis, a investigação seguirá pelo delegado titular da área. “É inadmissível que em tempos atuais deparamos com atos como esses. Intolerância religiosa é uma realidade no país, buscamos mudar esse cenário de violência. Qualquer pessoa tem o direito à liberdade consciência e de religião. É um direito adquirido à liberdade em ter ou adotar uma religião, de professar sua religião ou crença, individual ou coletivamente”. Atesta Ivanir dos Santos, que é interlocutor da CCIR – Comissão de Combate à Intolerância Religiosa
[caption id="attachment_85172" align="alignnone" width="1920"]Foto da imagem no chão - Petrópolis[/caption]
Apesar de ser um ato isolado, não é a primeira vez que a Igreja São Judas Tadeu é vítima de vandalismo. Aliás, seguindo registros da Diocese de Petrópolis, recentemente três outras igrejas também sofreram algum tipo de ação, como o furto na Igreja São João Batista, localizada na Posse, distrito de Petrópolis.A CCIR denunciou 10 casos, só neste ano, e está apurando três outros ocorridos. Dados estarrecedores conferidos no ano de 2021.
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