- 16/05/2024 - Itapecerica/MG
Início
Destaque
O Cruzeiro anunciou nessa terça-feira uma parceria com a fisioterapeuta Poliane Cardoso, considerada a 'embaixadora' da ozonioterapia no Brasil. Apesar de ser uma referência na área, Poliane já foi acusada de charlatanismo pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) por oferecer o procedimento no enfrentamento ao novo coronavírus.
A matéria continua após a publicidade
Link para baixar o aplicativo
Poliane Cardoso foi interpelada judicialmente em março de 2020. A 22ª Vara Cível Federal de São Paulo determinou que a fisioterapeuta parasse de oferecer o procedimento da ozonioterapia como tratamento para a COVID-19. De acordo com a ação protocolada pelo Cremesp, Poliane divulgou a ozonioterapia no Facebook e Instagram como "uma arma poderosa para combater o surto de coronavírus". Para o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, a prática se resume a "puro charlatanismo".
[caption id="attachment_84019" align="alignnone" width="750"] Visita da fisioterapeuta à Toca da Raposa II (Foto: Divulgação / Cruzeiro)[/caption]
Na decisão, a Justiça disse que Poliane Cardoso foi irresponsável e não seguiu a ética profissional. “Entendo que a divulgação pela ré de qualquer método de tratamento não reconhecido cientificamente para o vírus em questão, em especial a ozonioterapia, se mostra como um ato irresponsável, uma vez que, em razão da ausência de qualquer comprovação científica da efetividade do tratamento até o presente momento, pode prejudicar inúmeras pessoas, que atualmente se encontram em uma situação de vulnerabilidade e fragilidade diante da pandemia”, destacou o juiz.
[caption id="attachment_84018" align="alignnone" width="750"] Postagem da fisioterapeuta nas redes sociais (Foto: Divulgação / Instagram)[/caption]
“A divulgação nas redes sociais do tratamento de ozônio para combater a pandemia do coronavírus contraria os padrões de ética profissional”, acrescentou o juiz.
O único tratamento reconhecido cientificamente contra o novo coronavírus é a vacina. No Brasil, 268.370 pessoas morreram em decorrência da doença até esta terça-feira (9).
O Superesportes pediu uma posição ao Cruzeiro sobre o tema, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
Siga-nos no Instagram, Threads, Facebook, Twitter e entre para nosso grupo no WhatsApp
Leia também
DN