Técnica de enfermagem é investigada por crime de racismo em Campo Belo (MG)

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar um caso de racismo em Campo Belo (MG). O caso está sendo investigado mesmo sem denúncia da vítima.

Segundo a Polícia Civil, uma técnica de enfermagem enviou mensagens racistas pelas redes sociais. Depois disso, alguns moradores foram até a casa da mulher para protestar.

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A mulher chegou a chamar a Polícia Militar após algumas pessoas jogarem pedras na casa dela. Foi feito um boletim de ocorrências e os áudios e mensagens de cunho racista enviadas pela mulher foram incluídos. A mulher teria dito nas mensagens: "Esse tipinho, odeio preto e tenho nojo".

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O delegado responsável pelo caso explicou porque o crime foi enquadrado como racismo.

“A injúria racial está no código penal, e ela se trataria de ofensas, de proferir injúrias destinadas a uma pessoa certa, causando uma determinada discriminação e injúria e essa pessoa determinada ou grupo específico de pessoas que se sentirem vítimas devem registrar o boletim de ocorrência e tem o prazo de seis meses para oferecer uma representação criminal para que o autor desse crime responda por esse processo. Já o crime previsto nessa lei de crimes de racismo é imprescritível, não tem um prazo e são ofensas, discriminações, proferidas pelo autor a um grupo indeterminado, a toda uma coletividade, não há uma vítima específica. A ação pública é incondicionada, o próprio Estado deve processar o autor desse crime", explicou o delegado Alessandro Gambogi.

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Além disso, o delegado também explicou qual o andamento do inquérito e os próximos passos da investigação.

“A suspeita foi ouvida, expôs o seu ponto de vista da situação, inclusive já divulgou um vídeo tentando se retratar pedindo desculpas para as pessoas que se sentiram ofendidas, mas o que a gente deve continuar nas investigações, embora haja uma prévia confissão da suspeita de que foi emissora dos áudios que se tornaram públicos, a gente tem que fazer perícia nesses documentos que a gente recebeu, devemos identificar também o interlocutor, a pessoa que estava conversando com ela, a princípio, para saber qual foi o teor dessa conversa e entender também quem tornou público esses áudios que continuam essa discriminação racial", disse o delegado.

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