- 14/05/2025 - Itapecerica/MG
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Após responder o ataque do jornal O Globo, a tenente-coronel Gabryela Dantas, coordenadora de Comunicação Social e porta-voz da Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), será exonerada do cargo a pedido do governador em exercício Cláudio Castro (PSC).
Em vídeo desta terça-feira (8) (assista abaixo) Gabryela rebate e diz ser mentirosa a notícia de Rafael Soares sobre o aumento do descarte de munições usadas por policiais do 15º BPM de Duque de Caxias.
“Consumo de munição explodiu no batalhão de PMs investigados pelo homicídio de meninas em Duque de Caxias”, diz a manchete da notícia.
De acordo com a policial, o jornalista agiu de forma maldosa e irresponsável, aproveitando-se da comoção nacional pela morte a tiros das meninas Emilly Victória Silva dos Santos, de 4 anos, e de Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7 anos, em uma comunidade em Duque de Caxias.
A tentativa da reportagem de O Globo, de acordo com a porta-voz da PMERJ, era colocar a população contra a Polícia Militar.
“Rafael Soares, de forma maldosa, dá a entender que houve um aumento de consumo de munição por parte de um batalhão da PM e que policiais desse batalhão estariam sendo investigados pelo assassinato de duas meninas”, diz a tenente.
Ainda de acordo com a policialm essa ilação totalmente irresponsável, além de mentirosa, “é covarde e inescrupulosa”. “Ele traz uma relação sem qualquer fundamento de um possível aumento do consumo de munições, o que é uma mentira”, disse.
Segundo ela, o consumo de munição da unidade relatada não sofreu alterações significativas, se mantém dentro de uma média e representa menos de 10% do consumo noticiado pelo jornalista. Rafael Soares chegou a ser informado pelos policiais de que suas informações estavam erradas.
“Poderíamos acreditar que o jornalista se enganou e confiou numa fonte mentirosa, afinal, errar é humano”, pondera a tenente-coronel. “Porém o jornalista, ao termino do expediente de ontem, entrou em contato com a assessoria de imprensa da PM, sendo prontamente atendido e tecnicamente avisado de que a informação que ele tinha não correspondia com a realidade”, acrescentou.
A Globo repudiou o vídeo da porta-voz e disse que “faz parte da prática jornalística diária lidar com críticas, contestações e pedidos de reparação de alguma informação”, mas que “não é papel de uma instituição de Estado atacar pessoalmente um profissional nem incitar a população contra ele”.
O Grupo Globo também disse que os dados da reportagem “criticada” pela PM constam em documento produzido pelo próprio batalhão da PM de Caxias.