Casal de delegados celebra sucesso do curso EM DELTA; alfabeto policial

E de Elisa, M de Murilo, Delta de Delegado, seguindo a designação do fonema D, utilizado no alfabeto policial para determinar a precisão de cada letra: nome do curso que tem formado alunos aqui e no exterior, EM Delta é uma marca que pertence a Murilo Ribeiro e Elisa Moreira, ambos delegados, casados há quase quatro anos e pais de Antônio, de 1 ano e meio.    Murilo e Elisa são professores de cursos preparatórios há seis anos. Há pouco mais de cinco anos, resolveram criar também o próprio curso, com um adendo que fizesse diferença para o que já existia no mercado. A ideia era usar a experiência dos dois para oferecer mentoria em conjunto com um material didático de grande sustentação, a fim de dar um direcionamento aos alunos em relação aos cargos almejados.   A matéria continua após a publicidade   Elisa e Murilo perceberam que suas trajetórias poderiam ser úteis para nortear pessoalmente o posicionamento a ser tomado por cada estudante, sempre tendo como base um bom material didático produzido também por eles.  “O aluno recebe em nossos cursos um material composto por um cronograma semanal que ele vai estudar dia após dia, mastigadinho, e um material complementar, composto por vídeos, textos, que vão auxiliar o aluno a atingir aquele objetivo, além de uma terceira parte, que é um simulado, quando ele vai realmente treinar o que aprendeu”, explica Elisa.  Murillo Ribeiro está responsável por presidir maior operação contra o PCC e o Crime Organizado da história do Brasil. Ambos fazem parte da Policia Civil de Minas Gerais, porém cada um em sua área de especialização.     Elisa Moreira: Delegacia Especializada em Homicídios   Murillo Ribeiro: Delegacia FICCO – Força Integrada de Combate ao Crime Organizado  “Paralelo a isso”, continua, “ele tem a nossa mentoria, onde entra o acompanhamento emocional. O aluno manda mensagem para dizer que brigou com a namorada, está sem ânimo ou porque acha que nunca vai chegar lá, e aí a gente entra com esse suporte emocional a ele”, completa.  Especializada em Direitos Humanos, Elisa endossa que a proposta tem funcionado muito bem, inclusive para estudantes de fora do país, no Japão, Estados Unidos e Argentina, graças à plataforma digital desenvolvida pelo EM Delta. “Todo material é feito por nós, por mim e pelo Murilo, com a colaboração de alguns professores parceiros, mas 95% são criados por nós mesmo.”    [caption id="attachment_76228" align="alignnone" width="853"] Delegada Elisa Moreira e Delegado Murillo Ribeiro (Foto/Divulgação)[/caption]   RAIO X DE UM CASAL QUE INSPIRA     Formado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (PR), Murilo cursou o 3º ano da faculdade enquanto já se dedicava paralelamente a cursos voltados para a formação de delegado, um sonho acalentado desde os seus 15/16 anos, quando se fascinou com o expediente da Polícia Federal durante a emissão de seu passaporte.  “Cursei ao mesmo tempo o último período da faculdade em Maringá e Academia de Polícia em Belo Horizonte”, lembra. “Antecipei todas as minhas provas, antecipei o trabalho de conclusão de curso e viajava para algumas atividades complementares. Toda sexta-feira, eu saía de BH, terminava minha Academia de Polícia na sexta à noite, viaja para o Paraná, fazia provas, atividades complementares e voltava”, conta.  Isso fez com que ele se tornasse, o delegado mais jovem do Brasil, com apenas 22 anos, em Frutal, no Triângulo Mineiro.  Ainda na faculdade, Murilo se encantou pela docência e, desde que era aluno, alimentava a meta de ensinar o seu ofício. “Colava na minha porta o mural dos sonhos, e sempre indico isso aos meus alunos. Ali tinha o carro que eu queria ter, a profissão que eu queria ter, o salário que eu queria ter, as coisas que me davam força, as fotos da minha família, uma foto de Jesus me amparando na fé. E eu também tinha uma foto lá de professores que me inspiravam.”  A docência pela criminologia já surgiu pela atividade policial, motivada pela presença constante em sua rotina da grande desigualdade social e de uma atuação desproporcional entre as instâncias de persecução penal, não só no patamar policial, mas de todo o ambiente que envolve o poder judiciário, como Ministério Público, Forças Armadas e sistema prisional.  “A gente enfrenta muito isso na prática, e no dia a dia como delegado de polícia eu me interessei por esse tema, que passa por grandes discussões, como Politica de Drogas, Maioridade Penal, Crime Organizado, O crime sob a ótica da desigualdade. Então, a criminologia vem descortinar o Direito e é uma disciplina que traz muitas reflexões”, observa.  São ainda seu foco de estudos as estatísticas sobre violência policial, incluindo taxas de suicídio mal silenciadas pela categoria, crimes de colarinho branco e práticas criminosas oriundas do poder político. Este ano, Murilo concluiu mestrado sobre análise criminológica da atividade policial. A meta é iniciar logo um Doutorado de Direito Penal.  Já o interesse de Elisa em lecionar na área de Direitos Humanos vem da vontade, desde muito cedo, de ser diplomata. “Eu acha muito interessante essa questão de viajar por países, conhecer novas culturas, sempre fui muito sociável e quis conhecer o diferente”, conta.  Daí a opção pelo direito ser algo tão natural na escolha da carreira. No decorrer do curso universitário, Elisa foi apresentada a um delegado da Polícia Federal por outra colega e acabou se encantando pelo ramo. Estava feito o desvio de rota, da Diplomacia para a delegacia. “Uma forma que encontrei para conciliar as disciplinas, de estudar essa questão relacionada aos Direitos Humanos e Internacional, foi ser professora de Direitos Humanos”, lembra.  E como o destino não falha, o delegado da PF que lá na faculdade inspirou Elisa, Bruno Zampier, é hoje padrinho de Antônio, seu filho com Murilo. Os laços familiares vieram como consequência natural de uma parceria que já vinha funcionando muito bem nos negócios.  Proprietário do reconhecido curso Supremo, onde tanto Bruno como Elisa e Murilo dão aulas, Bruno propôs uma parceria ao casal quando a EM Delta começou a crescer. Hoje, alunos do Supremo são indicados ao EM Delta e vice-versa, como boas alternativas de complemento e especificidades aos interessados na área, de modo a não canibalizarem um ao outro.  “A gente foi levando alunos para o Supremo e o Supremo trazendo alunos pra nós. A gente travou uma amizade muito forte”, comemora ela.  “EM Delta é a marca do casal, o modelo do trabalho bem-sucedido em família engajada, do equilíbrio, uma verdade. Por isso é que vende, que é sucesso e tem credibilidade, graças a Deus”, conclui Elisa. 

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