
- 19/05/2025 - Itapecerica/MG
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No primeiro semestre de 2020, marcado pela pandemia, o Bradesco superou o Itaú Unibanco, seu maior rival, e ficou no topo da lista das companhias abertas com os maiores lucros na América Latina. Segundo um levantamento realizado pela Economatica, uma empresa de dados financeiros e tecnologia, o Bradesco fechou o semestre com lucro líquido de US$ 1,257 bilhão (R$ 6,888 bilhões), enquanto o Itaú Unibanco, o segundo colocado, teve um ganho de US$ 1,246 bilhão (R$ 6,825 bilhões).
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A pesquisa incluiu 582 empresas de diferentes ramos de atividade que divulgaram os balanços do segundo trimestre, para compor o resultado semestral, até o dia 21. O levantamento levou em conta o lucro contábil atribuído aos acionistas, usado como base para a distribuição de dividendos, e deixou de fora a parcela do resultado que vai só para os minoritários das subsidiárias.
O lucro contábil é o que consta nas demonstrações financeiras encaminhadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o “xerife” do mercado de capitais do País, e difere do chamado lucro recorrente, preferido por muitos analistas e empresas por expurgar fatores ocasionais que influenciam os resultados.
Segundo André Cano, vice-presidente do Bradesco para as áreas de finanças, riscos e operações, quatro fatores principais explicam o resultado alcançado pelo banco, que, mesmo no topo do pódio, ainda registrou uma queda de cerca de 40% no lucro líquido nos primeiros seis meses do ano em relação ao mesmo período de 2019.
Na ponta oposta, está o prejuízo de US$ 9,4 bilhões (R$ 51,5 bilhões) da Petrobrás, a empresa que teve o maior prejuízo da América Latina também no primeiro semestre do ano. No caso da petroleira, o resultado foi provocado essencialmente pela redução do consumo de combustíveis no mercado interno, em função das medidas de isolamento social e da diminuição da atividade econômica. Além da estatal, Latam, Suzano, Oi e Azul também estão no topo do ranking de perdas.
