
Hoje, quatro consórcios, formados por 38 empresas, operam o transporte coletivo em BH. O contrato de concessão termina em 2028Para Márcio Aguiar, as empresas não devem contar com nova tarifa este ano. “Não acredito que a medida seja aprovada. Um aumento vai pesar ainda mais no bolso do cidadão, que já sofre reflexos financeiros por conta dos efeitos do novo coronavírus, muita gente ficou desempregada”, frisou. Dívida ativa Independentemente do cenário atual, a concessionária que deixar de pagar as multas aplicadas pode ter o débito inscrito na dívida ativa municipal. Com o nome sujo, ficam impedidas até de disputar nova licença para prestar o serviço em Belo Horizonte. “Uma das condições para manter a concessão é a manutenção da certidão negativa. Sem ela, pode resultar na perda do direito de atuar no município, mas é uma medida mais drástica” explicou o advogado Leonardo Militão, especialista em direito público. Vale lembrar que quatro consórcios, formados por 38 empresas, têm o direito de operar o transporte coletivo na metrópole. O contrato é de 20 anos, com validade até 14 de novembro de 2028. Em nota, a BHTrans informou que até hoje nenhuma empresa perdeu a concessão. Sobre as irregularidades anotadas pelos agentes da autarquia, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) garante que não tem faltado álcool em gel nos ônibus. Com relação às multas aplicadas, informou que o departamento jurídico de cada empresa cuida dos processos e recursos. Além disso Na última quinta-feira, BH deu início a uma nova fase na flexibilização do comércio, permitindo a reabertura de lojas e shoppings. A previsão da prefeitura era de 72 mil trabalhadores voltando às atividades, muitos deles usuários do transporte coletivo. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SetraBH) informou ter ampliado as viagens em 15%. Porém, o reforço não teria sido suficiente, segundo passageiros. Caso da faxineira Rosa Rodrigues dos Santos, de 38 anos, que depende dos ônibus para trabalhar. A mulher garantiu que o movimento foi mais intenso no primeiro dia de recuo na quarentena. “Estava bem mais cheio. Tinha muita gente em pé, o que não estava acontecendo nos dias anteriores”, afirmou.