Uma operação conjunta entre a Receita Estadual e a Polícia Civil de Minas Gerais desmantelou, nesta terça-feira (5), uma fábrica clandestina de sabão em pó que funcionava ilegalmente na zona rural do município de Dores do Indaiá, no Centro-Oeste mineiro. A ação foi batizada de "Operação Sabão Odores" e resultou na apreensão de 26 toneladas de produtos falsificados, além da prisão em flagrante de dois homens suspeitos de liderar o esquema.
A fábrica operava em um galpão afastado da área urbana e sem qualquer autorização sanitária ou ambiental. No momento da abordagem, aproximadamente 15 trabalhadores atuavam na linha de produção, sem equipamentos de proteção individual (EPIs) e em condições insalubres.
De acordo com o delegado da Receita Estadual, Montovany Faria, os produtos falsificados reproduziam visualmente a marca OMO — uma das mais conhecidas do mercado — com embalagens que imitavam a original de forma quase idêntica, o que pode ter confundido consumidores e comerciantes. Todo o material apreendido foi recolhido para análise pericial, que vai determinar se há riscos à saúde pública e qual será o destino final dos produtos.
“Essa é a 12ª fábrica clandestina de produtos de limpeza identificada somente em 2025 na região Centro-Oeste de Minas. É uma prática criminosa que afeta tanto a saúde dos consumidores quanto a arrecadação de impostos, além de prejudicar empresas que atuam de forma regular”, afirmou o delegado.
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Durante a operação, foram encontrados também rótulos falsificados, matéria-prima de procedência desconhecida, máquinas industriais adaptadas para a mistura e ensacamento do sabão em pó, além de documentos que podem ajudar a rastrear a distribuição dos produtos. A investigação apura se os produtos estavam sendo comercializados em mercados e comércios da região e até mesmo em outras cidades mineiras.
Os dois homens detidos, cujas identidades não foram divulgadas, devem responder por crime contra a saúde pública, falsificação de produto destinado ao consumo e associação criminosa. Eles foram levados para a Delegacia de Polícia Civil, onde permanecem à disposição da Justiça.