
Em São Paulo, por exemplo, o par das novas placas é encontrado por R$ 199,80, sem qualquer controle do Detran-SP – que antes cobrava uma taxa de R$ 100,00 pelas placas já instaladas. Em termos de comparação, é o mesmo que franquear a impressão da Carteira Nacional de Habilitação ou até dos Passaportes para gráficas comuns.Quando a Resolução 780/2019 foi publicada, o presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Tarcísio de Freitas afirmaram que acabariam com o cartel dos estampadores e as placas ficariam mais baratas. Mas, ainda segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Placas Veiculares, as alterações no padrão Mercosul (foram subtraídos alguns itens de segurança) facilitaram falsificações, clonagens e o abuso de preços ao consumidor. Ao solicitar os esclarecimentos ao Contran, o Ministro Roberto Barroso estipulou curtos prazos para resposta, já que “A matéria submetida à apreciação desta Corte é de inequívoca relevância, bem como possui especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, haja vista seu impacto sobre a dinâmica do emplacamento e identificação de veículos em todo o país”. Foram dados, em 04 de março de 2020, 10 dias ao Contran, cinco dias para manifestação do advogado-Geral da União e mais cinco para publicação do parecer do Procurador-Geral da República. Sobre a demora, a Anfapv comenta que o país segue com o modelo de emplacamento fora dos padrões do Mercosul, sem qualquer tipo de controle de preços e os proprietários de veículos continuam sujeitos à fraudes.