O lockdown já foi adotado como estratégia para conter o avanço do novo coronavírus em capitais como Belém e Macapá, no Norte do país, e Fortaleza e São Luiz, no Nordeste.
Apesar de registrar crescimento de hospitalização de pacientes com Covid-19, Minas Gerais é o estado que menos realiza testes em casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil.
O boletim epidemiológico desta segunda-feira (22) mostrou que o Governo de Minas fez até agora 32.875 testes para diagnosticar a Covid-19. Foram 155 testes por 100 mil habitantes. Pelo levantamento do G1, Minas fez metade do que foi feito pelo Rio de Janeiro, segundo estado que menos testa no Brasil, com cerca de 318 exames a cada 100 mil habitantes.
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O governador negou que haja subnotificação de mortes no estado. Segundo Zema, todo óbito de paciente que tenha algum sintoma de Covid-19 é testado para a doença.
"Agora, os casos de síndrome respiratória aguda grave cresceram em todo o Brasil, muito devido à mudança de procedimentos médicos. (...) Mas um dado muito interessante que eu queria passar é o seguinte: neste ano, em Minas Gerais, nos primeiros cinco meses, morreram 1.842 pessoas a menos do que no ano passado", disse.
Nesta quarta-feira, o G1 publicou outro levantamento que mostra que 70% das mortes por síndrome respiratória aguda grave não tiveram um diagnóstico preciso. Zema reconheceu que o índice é expressivo.
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"Mas eu posso dizer que aqui nós podemos ter algum atraso em notificação, mas não temos nada a esconder", declarou.
Em relação à alta taxa de ocupação de leitos, o governador disse que, até hoje, nenhum paciente ficou sem atendimento médico no estado. Ele afirmou que serão abertos 24 leitos no Hospital Júlia Kubitschek e 50 no Hospital Eduardo de Menezes.
Ele também comentou sobre o hospital de campanha que foi montado no Expominas, em Belo Horizonte, e segue sem previsão para começar a funcionar. Zema disse que, caso necessário, a unidade poderia ser ativado imediatamente com utilização de parte das vagas -- até 150 leitos.
"É muito mais barato e muito melhor para o paciente estar num hospital que já existe do que num hospital de campanha. Nós vamos usar, sim, o hospital de campanha, mas na hora que nós não tivermos mais condição de internarmos as pessoas nos hospitais convencionais", justificou.
Aglomeração no transporte metropolitano
Zema afirmou que vê com "extrema preocupação" a aglomeração no transporte metropolitano e admitiu falhas na fiscalização.
"Nós estaremos avaliando essa situação e vamos ter de realmente manter um distanciamento, um espaçamento mínimo desse transporte. (...) É uma questão que realmente depende de aprimorar a fiscalização", afirmou.