O ministro, que deixou o cargo na quinta-feira (18), viajou dois dias depois aos Estados Unidos com passaporte diplomático. Segundo o MEC, ele se instalaria em Washington para ocupar uma diretoria no Banco Mundial, por indicação de Bolsonaro.
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Um dia antes, Weintraub disse ao colunista Igor Gadelha que a viagem aos EUA devia-se a ameaças de morte que estaria recebendo. “A prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes. Agora é evitar que me prendam, cadeião e me matem”, afirmou.
Segundo a colunista Thais Arbex, Weintraub tem passaporte diplomático emitido desde julho de 2019. Essa categoria não costuma ter uma validade maior do que os comuns, que é de dez anos.
O fato de ele ir para um posto no Banco Mundial também dá a Weintraub o direito de um passaporte diplomático - ou seja, mesmo após a exoneração do Ministério da Educação, ele poderá continuar utilizando o documento.
Economista de formação e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub estava no cargo desde abril de 2019, quando substituiu Ricardo Vélez Rodríguez.
Nesse período, acumulou polêmicas envolvendo o orçamento das universidades federais, o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), acusações de racismo e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).