Grandes empresas fecham as portas e milhares de trabalhadores ficam desempregados

A companhia aérea colombiana Avianca anunciou neste domingo que aceita voluntariamente a lei de falências dos Estados Unidos “para preservar e reorganizar os negócios” da empresa. A notícia, que é uma das consequências diretas da crise provocada pelo coronavírus, atinge vários países onde a companhia aérea está presente e gera milhares de empregos. “Aderir a esse processo foi necessário devido ao impacto imprevisível da pandemia da covid-19, que provocou uma redução de 90% no tráfego mundial de passageiros e se espera que reduza o faturamento da indústria em todo o mundo em 314 bilhões de dólares (1,72 trilhão de reais), de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)”, informou a empresa em um comunicado.
   

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Minutos depois, seu presidente e CEO, Anko van der Werff, disse no Twitter que a empresa voltará a voar quando lhe for permitido. “Hoje anunciamos oficialmente nossa intenção voluntária de reorganização nos Estados Unidos”, escreveu na rede social. A decisão implica que a Avianca Holding e suas subsidiárias e afiliadas, exceto a LifeMiles, se submetem ao resgate econômico contemplado no capítulo 11 do Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York. A empresa avaliou seu passivo entre um bilhão e 10 bilhões de dólares em uma declaração perante esse tribunal. O processo busca “reestruturar o balanço e as obrigações da empresa para enfrentar os efeitos da pandemia da covid-19, assim como gerenciar suas responsabilidades, arrendamentos, pedidos de aeronaves e outros compromissos”.
A Avianca Holding tem cerca de 30 milhões de usuários anuais e emprega 21.000 pessoas entre empregos diretos e indiretos na América Latina, dos quais 14.000 na Colômbia. E nos últimos dias agitou um debate no país andino sobre se o Governo colombiano deve ou não salvar a companhia aérea em meio às críticas de seus usuários pelo alto preço das passagens e pelo que consideram um serviço de má qualidade. A empresa esclareceu que apesar da solicitação de resgate econômico dos Estados Unidos “continua suas conversações com os governos em relação ao apoio financeiro para o sucesso do processo”.
Além do anúncio do pedido para usar a lei de falências, a empresa iniciará uma redução de suas operações no Peru e se concentrará em seus principais mercados quando for concluída a “reorganização supervisionada pelos tribunais”. “A Avianca operou durante mais de 100 anos, sendo a segunda companhia aérea do mundo a alcançar essa marca. Estamos certos de que, por meio desse processo, podemos continuar executando nosso plano Avianca 2021, otimizar nossa estrutura de capital e nossa frota de aeronaves e ―com apoio governamental― emergir como uma companhia aérea melhor e mais eficiente”, insistiu o presidente. Em agosto de 2019, um áudio vazado para a imprensa revelou que Roberto Kriete, presidente do Conselho de Administração da Avianca Holdings, havia afirmado a funcionários em El Salvador que a companhia aérea estava falida e que não estava pagando seus credores. A empresa negou as informações pouco depois.
Na Colômbia as ações da Avianca caíram praticamente 80% desde fevereiro, sendo negociadas atualmente a 1,03 dólar por ação. Nos próximos dias, o tribunal de Nova York deverá decidir sobre os pedidos da empresa.

Com Informações do ElPaís

 

Hotel Senac Grogotó encerra as atividades em Barbacena

No ano em que completaria 60 anos, o tradicional Hotel Senac Grogotó, de Barbacena, comunicou nesta quarta-feira que fechou as portas. Além de uma dívida financeira na casa dos R$ 12 milhões, acumulada de 2017 a 2019 , a crise econômica provocada pelo coronavírus decretou o fim das atividades do negócio na cidade de 136 mil habitantes, localizada na microrregião da Serra da Mantiqueira.
Fundado em 1960 pela Hidrominas, na época órgão do Governo do estado, o hotel foi inaugurado pelo então governador Bias Fortes, nascido no próprio município. Sua estrutura contava com 88 apartamentos e um centro de convenção, empregando diretamente 75 funcionários. Na década de 1970, o Senac assinou um convênio com o próprio governo para que o espaço se tornasse o primeiro hotel-escola da América Latina.
Em nota, o Senac lamenta o encerramento das atividades, em virtude do caos financeiro agravado pelo COVID-19:  O isolamento social, seguido pelo Senac em Minas para preservar a saúde de seus alunos, docentes, funcionários administrativos e frequentadores, e a crise pela qual o setor turístico atravessa anteciparam o encerramento das atividades hoteleiras. O atendimento presencial ao público foi suspenso desde o 20 de março e não há reservas programadas para os próximos meses.
No comunicado, o órgão lembra que o turismo no Brasil tem sofrido grandes perdas: "O setor do turismo é um dos mais afetados pelos impactos da Covid-19, registrando perdas de mais de R$ 14 bilhões desde o início da pandemia. A busca por alternativas para a gestão do empreendimento não foi interrompida, mas o cenário econômico impede a manutenção do espaço até a realização de futuras negociações".
De acordo com o Senac, alguns funcionários serão reinseridos em outras unidades da instituição. Para os empregados desligados, o órgão está fornecendo suporte para apoio na recolocação no mercado de trabalho durante o período de pandemia.
Apesar do fechamento do hotel, as aulas presenciais dos ensinos técnico, superior e aprendizagem vão continuar. De acordo com o Senac, elas serão retomadas assim que as autoridades dêem garantias de saúde aos envolvidos, incluindo as atividades práticas realizadas nos laboratórios e cozinhas pedagógicas. 

Falta de repasse

A crise financeira no hotel vem sendo agravada por causa da queda da receita. Desde o início do ano, o Governo Federal vinha reduzindo os repasses de verbas aos órgãos e entidades do Sistema S – que além do Senac, incluem o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).  
 

Com Informações do Estado de Minas

Fogo de Chão demite 690 e manda a conta para Governadores pagarem

Funcionários não sabem o que fazer para receber o saldo da rescisão e alegam terem sido enganados

Alegando ser forçado pelas consequências da pandemia do novo coronavírus, o famoso restaurante de carnes demitiu nada menos que 690 funcionários no mês de abril. Só no ponto de Botafogo, de frente para a baía de Guanabara, dos 82 funcionários, 73 foram demitidos. Situação semelhante ocorreu na filial da Barra da Tijuca. A empresa continua funcionando, trabalhando apenas com ‘delivery’. Além do drama natural causado por demissões, o problema maior é que a empresa se recusa a pagar todas as verbas rescisórias dos empregados, alegando que esta seria uma obrigação do Governo Estadual. O caso se parece com a demissão de 579 empregados da Pizzaria Parmê, que noticiamos ontem aqui.
A churrascaria, hoje uma grande empresa multinacional com ações comercializadas na Bolsa de Nova Iorque – NASDAQ – foi vendida em 2018 à Rhône Capital por 560 milhões de dólares (cerca de 3 bilhões de reais). A Rhone gerencia cerca de 50 bilhões de reais em fundos e investimentos no mundo inteiro.
O DIÁRIO DO RIO teve acesso ao documento que o departamento de RH da empresa fez para os empregados assinarem no dia 4 de abril. Intitulado “Comunicação de Rescisão do Contrato de Trabalho por Ato de Autoridade“, a churrascaria afirma que por conta da disseminação do novo coronavírus, e dos decretos estaduais determinando o “encerramento das atividades” do restaurante, e também por conta do que trata o artigo 486 da CLT (aquele citado pelo Presidente Bolsonaro, na polêmica declaração do dia 27 de março), os empregados estariam sendo demitidos. No mesmo documento, a churrascaria afirma que “o pagamento de suas verbas rescisórias nos termos do art 486 da CLT, deverá ser a cargo do GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, autoridade que decretou a paralisação das atividades do EMPREGADOR“. Ou seja, para receber suas verbas rescisórias, o ex-funcionário teria que cobrá-las do tesouro estadual.
A Fogo de Chão afirma também no documento, que, “por mera liberalidade” (ou seja, não porque a lei a obrigue, mas sim porque quer dar este benefício ao empregado), vai depositar na conta dos empregados o saldo de férias (proporcionais e vencidas), o adicional de 1/3, e o décimo terceiro proporcional “em até 10 dias”. O documento é reproduzido ao final desta reportagem, e se baseia basicamente no tal artigo 486 da CLT.
O ato causou a revolta de vários funcionários. O barman Felipe Castro, com 4 anos de casa, é um dos que estão indignados. “Para mim, usaram de má fé e do momento pra beneficiar a empresa“, disse. O barman, que é portador de necessidades especiais e teve que retornar para o Piauí por não ter mais condições de se manter no Rio, falou com o DIÁRIO via redes sociais. “O gerente da loja, Sr. Vagner, fez primeiro uma reunião e falou que iria pagar tudo, só não pagaria o aviso prévio. Nós aceitamos e ele mandou assinarmos aquele papel. Assinamos em confiança“, lamentou o funcionário. A funcionária N., na empresa há mais tempo que Felipe, completou: “Botou todos de férias por 10 dias e depois fez reunião para demitir todos e falando que a multa e aviso era pelo Governo, mas como vamos fazer para receber? Ninguém soube informar.”
Funcionários citam que quando descobriram que não iriam receber seus direitos, teria entrado no circuito o Diretor de Recursos Humanos Marcos Ono, mas que sem ter como explicar efetivamente como fariam para receber, o executivo teria bloqueado todos os funcionários que buscam explicações, em suas redes sociais e whatsapp. “Ao menos pra mim acabaram pagando 20% da rescisão, mas ainda afirmam que vamos ter que cobrar o resto do Governador. O que não entendo é que o restaurante continua funcionando pra delivery. Nós dávamos o sangue por essa empresa, eu não tinha hora, os clientes gostam da gente, nós também somos a Fogo de Chão“, disse G., ex-funcionária do restaurante da Barra.
Eu acho que o seu Wagner mentiu pra gente assinar sem ler. Depois que veio a história que a gente não ia receber o resto. Concordamos em não receber o Aviso Prévio, o resto eles enrolaram a gente“, revolta-se Felipe.
Cliente da Fogo de Chão de Botafogo, Bruna de Barros soube da história pela reportagem. “Sinceramente, eu acho que além da comida e da vista, o charme da churrascaria era a educação e a alegria dos funcionários, que pareciam trabalhar alegres e nos tratavam como reis. Fiquei chocada. Não vou comer numa empresa que trata os empregados assim, acho que vale o boicote“.
Ao tratar com a imprensa no fim de março, o presidente Jair Bolsonaro citou o tal artigo 486, usado pela Fogo de Chão no documento. “Tem um artigo na CLT que diz que todo empresário ou comerciante que for obrigada a fechar seu estabelecimento por decisão do respectivo chefe do Executivo (…) Os encargos trabalhistas quem paga é o governador e o prefeito. Tá ok?
Elton Batalha, professor de Direito Trabalhista da Universidade Mackenzie, acredita que essa tese deve ser muito utilizada em ações nos próximos meses, mas não acha que ela prosperará: “Provavelmente, quando o Judiciário apreciar essas ações, considerará que o 486 da CLT não é aplicável à situação, pois o ato governamental de determinação de quarentena (e consequente paralisação de atividade) é justificável ante o surto da Covid-19. Caso a atitude governamental não se justificasse cientificamente, seria diferente“, diz.
Os advogados Mauricio Gasparini e Mariana Bissolli Cerqueira Cerezer, da área trabalhista do escritório Finocchio & Ustra, entendem “que o risco da atividade econômica é do próprio empregador e não pode repassá-lo a terceiro, o que inclui órgão da administração pública, de modo que se espera a prova cabal da sua indevida interferência“. Ou seja, traduzindo o juridiquês, para eles, o governo só teria que arcar com a indenização caso não tenha uma justificativa justa e suficiente para ter mandado o restaurante fechar suas portas. Será que uma pandemia – que é mundial e grave por excelência – reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, não seria tal justificativa?
Para o advogado Vinícius Cordeiro, a medida “não é legal, além de mostrar uma grande insensibilidade social“. Cordeiro entende que “cabe até, se os empregados quiserem agir de forma coletiva, o pedido de reintegração ao trabalho, com grandes chances de acolhimento” pela Justiça do Trabalho. Ele defende que “não há como jogar a conta no Governo“. Para João Pedro Figueira, também do ramo, “o Art. 486 da CLT está sendo claramente distorcido pela empresa. Incrível impor ao Governo o ônus que é deles. No final, quem fica desamparado é o empregado“.
O DIÁRIO verificou que alguns advogados – franca minoria dos consultados – acham que o artigo citado pela Fogo de Chão e pelo Presidente da República poderia ser utilizado. Alguns deles entendem que só poderia ser utilizado se a Fogo de Chão tivesse efetivamente paralisado suas atividades, o que não ocorreu, pois o Delivery segue. Mas todos eles concordam com uma coisa. Este dispositivo da lei nunca foi largamente utilizado antes, e não há uma fórmula pronta para que os funcionários, usando este artigo, receba o que lhes é devido. Isto significa que, mesmo se no fim a Justiça do Trabalho considerar o procedimento válido para a situação deles, podem se passar muitos anos até que vejam a cor do dinheiro.
Procurada pela reportagem do DIÁRIO DO RIO, de manhã cedo, a assessoria da churrascaria não respondeu à reportagem. Numa entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no dia 8 de maio, o executivo Paulo Antunes, que comanda a empresa no Brasil, disse: “Desligamos a maior parte [dos funcionários], para que eles tivessem acesso ao FGTS e passassem o período de crise com caixa“. Na mesma entrevista, o executivo disse também que a rede pretenderia recontratá-los, depois. A entrevista do dia 8 fala em 400 demissões.
Comunicação de Rescisão do Contrato de Trabalho por Ato de Autoridade” mandando a conta da rescisão dos seus empregados do Rio para o Governador Wilson Witzel pagar. Será que a gorjeta está incluída?
ATUALIZAÇÃO – 15 de maio de 2020
Cerca de 24 horas após a publicação da matéria, o Fogo de Chão enviou ao DIÁRIO DO RIO a seguinte nota oficial a respeito do assunto, que reproduzimos na íntegra:
”O zelo por nossos colaboradores sempre foi compromisso central da filosofia de trabalho do Fogo de Chão. Reforçamos que atuamos seguindo as normas do artigo 486 da CLT, indenizando os membros da nossa equipe de acordo com a lei, para que todos tivessem acesso ao pagamento de férias e 13º salário, além do acesso ao Fundo de Garantia e seguro desemprego. A expectativa do Fogo de Chão Brasil é, à medida que os restaurantes reabram e a economia melhore, recontratar gradualmente a nossa equipe.”

Com Informações do Diário do Rio

 

30% das concessionárias de veículos podem 'quebrar' em 15 dias, diz Fenabrave

Com a maioria das lojas fechadas pela pandemia de coronavírus, setor regrediu ao patamar de 1992, segundo federação. Entidade defende reabertura, com medidas que evitem aglomeração e com revezamento de vendedores.
Com o tombo histórico nos emplacamentos durante a pandemia de coronavírus, o futuro das concessionárias de veículos no Brasil é incerto. Das 7.300 lojas existente no país, cerca de 2,2 mil podem fechar definitivamente ainda em maio, de acordo com a associação das concessionárias, a Fenabrave.
"30% não suportam mais 15 dias por falta de liquidez", disse Alarico Assumpção, presidente da federação, ao G1.
De acordo com entidade, além da paralisação das lojas por conta das regras de isolamento, os bancos não estão repassando o dinheiro para crédito, apesar da liberação do Banco Central (BC).
As concessionárias de veículos do Brasil empregam atualmente 315 mil colaboradores. "Precisamos de previsibilidade, não temos um cenário, um norte", argumenta Alarico.
Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), estados e municípios brasileiros empregam a quarentena ou isolamento social para combater o coronavírus, e mantêm o comércio fechado, exceto quando o serviço é considerado fundamental.
O último decreto federal sobre serviços essenciais na pandemia incluiu a comercialização de veículos na lista, porém, cabe a estados e municípios definirem suas regras de isolamento, como decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF).
Até a última atualização desta reportagem, o número de casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no Brasil havia passado de 128 mil, com mais de 8,6 mil mortos.
Com os sistemas de saúde sobrecarregados, alguns estados determinaram um afastamento social mais drástico: o chamado lockdown.
Além de pedir a reabertura dos negócios, a Fenabrave trabalha junto com as montadoras de veículos para a liberação de R$ 40 bilhões em empréstimos para que o setor automotivo passe pela crise. "Precisamos de capital de giro para que o empresário possa trabalhar. Queremos esse dinheiro ao custo de mercado", afirmou Alarico.
No mês passado, as montadoras também afirmaram o dinheiro não estava chegando ao consumidor, apesar de os bancos estarem "sentados na liquidez".
Entre outras reivindicações, os concessionários também estão pedindo aos governos o adiamento de pagamento de impostos por 120 dias e negociando com as montadoras maiores prazos para a quitação de veículos e peças.

Regredindo 28 anos

No acumulado do ano, o setor de veículos registra queda de 27% nas vendas, ao comparar com o mesmo período de 2019, quando 839.417 veículos foram emplacados. Entre janeiro e abril de 2020, o setor atingiu 613.793 unidades, voltando ao patamar de 1992.
O tombo maior foi em abril, quando 55.732 automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), ônibus e caminhões foram registrados, contra 231.922 em abril de 2019. Isso representa queda de 76% e fez o mercado regredir a números 22 anos atrás.

Com Informações do G1

 

DPaschoal fecha 34 lojas no país

A empresa de manutenção automotiva, a DPaschoal está fechando 34 lojas no País.
De acordo com Gaúcha ZH, a decisão atinge operações no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A companhia não informa quais, mas conforme as informações as unidades de Rio Grande e Novo Hamburgo tiveram as atividades encerradas. A loja de São Miguel do Oeste também fechou suas portas no mês de abril.
Em nota enviada ao Zero Hora, a empresa disse que faz parte de uma mudança que vem sendo feita nos últimos anos, que é estratégica e não foi relacionada à pandemia. Enfatiza que os investimentos foram direcionados para o digital, redes de credenciados e franquias.
Alguns funcionários foram remanejados para outras lojas e os demais estão recebendo apoio para se recolocarem no mercado de trabalho. Desde 1949, a DPaschoal atua na prestação de serviços de manutenção automotiva para veículos leves e pesados. A empresa tem 130 lojas, em sete Estados e 107 municípios.

Com Informações da GauchaZH

 

Efeito Covid-19: Companhia Hering demite quase 200 funcionários em Blumenau; Sindicato tenta reverter

Na última semana, 177 funcionários da Cia. Hering, em Blumenau, foram demitidos. Conforme afirma Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de Blumenau (Sitrafite), estes desligamentos ocorreram via aplicativo de mensagens (WhatsApp) e correspondências endereçadas às casas dos profissionais.
As demissões são consideradas reflexo da quarentena e da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus. O Sintrafite, no entanto, busca reverter a decisão da empresa, considerando que poderiam ter sido tomadas outras atitudes para garantia da manutenção destes postos de emprego.
A empresa estabeleceu uma das Medidas Provisórias oportunizadas pelo governo federal, a da suspensão de contratos. Neste modelo os profissionais ficariam em casa por um mês, podendo ser prorrogada a suspensão deste contrato por mais um mês, mas teriam a garantia de estabilidade temporária.
Contudo, conforme afirma a presidente do Sitrafite, Vivian Kreutzfeld, a Cia. Hering suspendeu os contratos uma vez, não renovou a suspensão e pagou um valor de multa para poder demitir estes funcionários, cancelando, portanto, o benefício da estabilidade.
Vivian afirma que já foi encaminhada para empresa um documento com uma notificação extrajudicial, apontando medidas para que a empresa reveja estes desligamentos. “Nós consideramos que ocorreu uma demissão em massa de maneira irresponsável e sem diálogo com o sindicato. Fomos procurados por funcionários que ficaram insatisfeitos com a decisão. São pessoas com 15, às vezes 20 anos de empresa, agora demitidas por WhatsApp. Uma empresa com presença na bolsa, faturamento de mais de R$ 200 milhões no último ano, poderia ter mantido estes empregos”.
A reportagem procurou um posicionamento da Cia. Hering, mas até o momento desta publicação não houve resposta. Estas demissões são divididas entre cargos produtivos e administrativos, tanto da unidade do Bom Retiro quanto da Velha Central.
Loja da Hering vai encerrar atividades em Brusque
Um dos reflexos do impacto econômico que a Hering vem sofrendo foi o encerramento das atividades em um dos pontos mais conhecidos da região. A loja da empresa, na rua Conselheiro Rui Barbosa, no Centro de Brusque, está encerrando as atividades.
O estabelecimento está realizando queima final de estoque, com até 80% de desconto nas peças, antes de fechar as portas.
Outra revendedora da rede na cidade ainda funciona no Shopping Gracher.
Posicionamento da marca
Diante do prolongamento da crise causada pelo novo coronavírus (COVID-19) e os consequentes impactos à saúde e na economia de todo o país, a Cia. Hering esclarece que vem avaliando – diariamente – todos os desdobramentos e tomando providências para preservar os empregos, o bem-estar da sua rede, assim como o equilíbrio e a sustentabilidade de todo o negócio.
Depois de adotar todas as medidas legais necessárias e possíveis para a manutenção dos postos de trabalho, a Cia. Hering reavaliou o cenário e se certificou da necessidade de realizar alguns desligamentos na cidade de Blumenau, o que impacta um número reduzido da equipe, quando se considera o quadro geral de colaboradores. Essa decisão foi indispensável face ao efeito existente nos negócios da companhia e considerando ainda as perspectivas de uma retomada mais lenta do mercado como um todo, inclusive no varejo.
A Cia. Hering esclarece que parte dos desligamentos está relacionada à realocação de colaboradores, com transferência de produção prevista entre seus sites.
Por fim, reitera que o planejamento prevê o incremento da produção das coleções dentro do mercado nacional, reduzindo o volume de importações. Dessa forma, considera, inclusive, para um cenário de curto e médio prazo, um possível aumento de novos postos de trabalho.
 

Com Informações: O Município Blumenau

 

Maior têxtil de Americana, Santista reduz jornada e suspende contrato de 1.160 funcionários

A Santista Têxtil, em Americana, reduziu a jornada e salário ou suspendeu o contrato de todos os seus 1.160 funcionários em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A empresa é a maior empregadora do segmento no município, de acordo com o sindicato dos trabalhadores.
A empresa informou ao LIBERAL que reduziu em 70% a jornada e salário de 638 profissionais e em 25% a de outros 429 trabalhadores. Os contratos de outras 93 pessoas foram suspensos. A Santista informou ainda que não demitiu ninguém.
De acordo com a empresa, hoje há produção nas linhas Workwear (produção de tecidos para roupas profissionais) e jeanswear (fabricação de tecidos para jeans), basicamente para atender pedidos.
Outras empresas do segmento quase não recebem pedidos e produzem somente para estoque.
A suspensão de contratos e redução de jornada foi permitida por Medida Provisória 936, do governo federal. As pessoas afetadas recebem ajuda financeira da União.
A Medida Provisória editada no início de abril diz que, no caso de redução salarial e de jornada, o governo pagará um benefício ao trabalhador, nos moldes do seguro-desemprego, para compensar a perda. A jornada e o salário podem ser reduzidos por até 90 dias.
Para quem ganha até R$ 3.135,00, se a empresa reduzir o rendimento em 50%, por exemplo, tem de cortar a jornada pela metade.
Nesse caso, o governo paga uma ajuda equivalente a 50% do seguro-desemprego. No caso da suspensão de contrato, que tem validade máxima de 60 dias, o governo bancará uma ajuda equivalente ao valor integral do seguro-desemprego.
 

Com Informações: O Liberal

 

Canatiba suspende contrato de trabalho de 1.920 funcionários e desliga as máquinas

Trabalhadores suspensos representam 89% do total alocados na fábrica. Eles que já tiveram férias em Abril, receberão em Maio 30% do salário integral e uma ajuda financeiro do governo federal.
A medida segundo a indústria é a única saída para evitar demissões. Apenas 204 funcionários seguem trabalhando normalmente na Canatiba.
Nesta terça-feira (13), a multinacional Denso anunciou a demissão de 150 colaboradores e pausa nas atividades.
Em Americana diversas Indústrias também adotaram a medida possibilitada pela medida provisória 936.
Canatiba é uma indústria têxtilbrasileira. Foi fundada em 1969 por João Covolan Filho no município de Santa Bárbara d’Oeste, no interior do estado de São Paulo, onde a empresa mantém três fábricas.
A Têxtil Canatiba tem capacidade de produção de 108 milhões de metros lineares de denim (popularmente conhecido como jeans), sendo considerada uma das cinco maiores tecelagens da América do Sul.
 

Com Informações: Jornal Americanense

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