Polícia Civil prende babá por tentativa de homicídio de criança de três anos com uso de medicamentos controlados

Uma babá de 43 anos foi presa, nessa quarta-feira (19), pela tentativa de homicídio de uma criança de três anos. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, além do mandado de prisão temporária, um mandado de busca e apreensão na residência da suspeita. No local, foram arrecadados vários medicamentos. Os mandados foram cumpridos no bairro São Pedro, em Belo Horizonte.

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As investigações tiveram início em janeiro deste ano, quando a mãe da criança procurou a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente para denunciar a babá. Na ocasião, ela contou aos policiais que a mulher teria dado remédios de uso controlado à filha de três anos de idade e, por isso, colocado a vida da criança em grave risco.
A mãe ainda relatou que viu a babá colocando o medicamento no suco do outro filho. Ao questionar a babá sobre o que estaria sendo colocado no suco, a mulher teria dito que se tratava de um fitoterápico. No entanto, segundo a mãe, o medicamento era o Clonazepan. Nesse momento, a filha de três anos já estava se sentindo mal; a família, então, acionou o Samu e a menina foi internada.
Segundo a Delegada Renata Ribeiro, a equipe do Samu responsável pelo atendimento à criança afirmou que, graças a um socorro rápido, foi possível evitar inclusive consequências mais graves. A mãe também relata que a criança ainda será acompanhada por médicos para avaliar se houve danos no sistema nervoso.
[caption id="attachment_64862" align="alignnone" width="227"] PCMG/Divulgação[/caption]
Em depoimento, a investigada, identificada como Letícia Diz Ramos Queiroz Leoni, negou as acusações e explicou ter colocado o fitoterápico no vidro de remédio. Relatórios do atendimento médico comprovaram a intoxicação da criança por Clonazepan.
Letícia foi contratada por intermédio de uma agência virtual de babás e teria prestado serviços para a família aos finais de semana, por aproximadamente cinquenta dias. Segundo a Delegada Renata Ribeiro, as investigações ainda estão em curso. “Solicitamos ao aplicativo que intermediou a contratação todos os possíveis contratos que a investigada possa ter feito com outras famílias, e vamos verificar se outras crianças que estiveram sob os cuidados dela não foram intoxicadas também”. Por isso a importância de divulgar o nome e imagem dessa suspeita, já que podem existir outras vítimas", explicou Renata.
[caption id="attachment_64863" align="alignnone" width="800"] Divulgação/PCMG[/caption]
A Chefe da Divisão Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente, Delegada Elenice Cristine Batista Ferreira, também alerta para contratações de profissionais. “Precisamos estar atentos às pessoas que colocamos dentro das nossas casas; é preciso checar as referências, pedir atestado de antecedentes criminais, todo o cuidado ao contratar pessoas para cuidar de crianças”, orienta Elenice.

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