A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, nesta quarta-feira (31), mais três pessoas suspeitas de envolvimento nas torturas sofridas pelos idosos internos no asilo Acolhendo Vidas, interditado na semana passada.
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Paulo Lopes Ferreira, 53 anos, marido da proprietária do estabelecimento, foi levado para a delegacia no início da noite. A outra filha do casal, Patrícia Lopes Ferreira, 21 anos, grávida de 6 meses, também está presa. O cuidador Jorman Alexander Venâncio do Amaral, 47 anos, era funcionário da clínica há cinco meses e foi encontrado no final da tarde. Acompanhado de um advogado, ele esteve na 71ª Cia da PM, em Santa Luzia e foi levado para a delegacia depois que a justiça expediu o mandado de prisão preventiva, solicitado pela Delegada Bianca Prado, na última segunda-feira.
Conforme foi amplamente divulgado, na semana passada, as equipes da 2ª Delegacia da Polícia Civil, em Santa Luzia, prenderam a proprietária do asilo, Elizabeth Lopes Ferreira e a outra filha dela, Poliana Lopes Ferreira, depois que os policiais receberam informações de que no estabelecimento administrado por elas, os idosos estariam sendo torturados.
Todos os cinco suspeitos presos até o momento estão sendo investigados por crime de tortura.
De acordo com a Delegada Bianca Prado, onze idosos ainda permanecem na clínica. A expectativa é que, até esta quinta-feira (01), todos sejam levados para outro local e a prefeitura feche, de uma vez por todas, o asilo.
Sem alvará
O asilo onde as violações ocorriam mudava de endereço regularmente. Segundo a prefeitura, a vigilância sanitária já havia notificado a instituição privada por irregularidades diversas vezes . Contudo, a proprietária e sua filha sempre abandonavam os imóveis notificados, com objetivo de ludibriar a fiscalização e não cumprir os prazos acordados com o Executivo municipal.
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Em 2017, o Ministério Público encontrou o endereço usado à época e, novamente, acionou a Vigilância Sanitária. Naquela ocasião, houve um levantamento das falhas e, desde então, se trabalhava com prazos para adequação às condições exigidas. No dia 10, a Vigilância Sanitária fez uma nova notificação cautelar. Dessa vez, o prazo era de 15 dias para que as exigências fossem cumpridas definitivamente.